A Mercedes não começou a temporada de 2022 com o pé direito. Pelo contrário, a campeã de construtores dos últimos oito anos ficou como a terceira força, e muito aquém do esperado. Assim, a equipe alemã sacrificou muito nesta temporada para tentar entender o W13, atrasando o desenvolvimento do carro de 2023. Desta forma, ficar com o P3 no campeonato de construtores não seria tão ruim, pois daria a eles mais tempo no túnel de vento para o próximo carro.
Durante o ano, a Mercedes continuou a desenvolver o carro e agora, compete com a Ferrari pelo P2 no campeonato, estando 40 pontos atrás dos italianos. Isso seria quase inimaginável no começo do ano, dada a força com que a Scuderia começou a temporada, e o desempenho fraco do W13 na mesma época.
Apesar de ter evoluído muito desde o início do ano, a Mercedes ainda não conquistou uma vitória nesta temporada, coisa que Toto Wolff diz que procuram fazer no Brasil ou Abu Dhabi. Além disso, ele acha que um P2 no campeonato seria uma recompensa para todos os funcionários que deram duro para desenvolver o carro. No entanto, o departamento técnico discorda. Isso porque, eles teriam mais tempo no túnel de vento para desenvolver o W14 caso ficassem em P3.
Em entrevista ao Formu1a.uno, o departamento técnico disse: “Nós arriscamos jogar muitos recursos fora, não só econômicos, para tentar entender porque o conceito de zero-pod foi tão rápido na fábrica, mas não na pista.”
A princípio, o plano era tentar entender o carro deste ano até maio, e então mudar o foco para 2023. Mas isso foi adiado para julho, pois os avanços feitos ainda eram muito pequenos.
“Assumimos um grande risco porque não teríamos começado a trabalhar no W14 até setembro se não tivéssemos encontrado as respostas que procurávamos.”
Felizmente, conseguiram entender os problemas entre maio e julho. Assim, agora parecem estar alcançando a Ferrari, tendo vencido os italiano na última corrida no México, ainda que se espera ter sido um caso pontual devido a alta altitude do Autódromo Hermano Rodríguez.