F1: Mercedes compara desafio de alcançar a Red Bull ao de escalar o Monte Everest

O cenário da Fórmula 1 para 2024 projeta um grande desafio para a equipe Mercedes, conforme palavras do próprio chefe da equipe, Toto Wolff. Após um encerramento notável da temporada 2023 em Abu Dhabi, onde a Red Bull solidificou sua supremacia com uma vitória recorde, a Mercedes encontra-se em uma ponto crucial. Ao terminar o campeonato sem nenhuma vitória, um fato que não acontecia desde 2011, a equipe reconhece a necessidade de uma reviravolta significativa.

A campanha de 2023 da Red Bull foi marcante, com a equipe conquistando sua 21ª vitória do ano, um recorde na história da F1. O carro campeão mundial, RB19, foi superado apenas uma vez durante toda a temporada, um testemunho de sua dominância avassaladora. Enquanto isso, a Mercedes garantiu o segundo lugar no Campeonato de Construtores, superando a Ferrari, mas isso pouco fez para esconder as lacunas evidentes em seu desempenho.

Wolff, em um tom de determinação misturado com realismo, comparou o desafio de alcançar a Red Bull ao de escalar o “Monte Everest”. Reconhecendo a magnitude da tarefa, ele prometeu uma abordagem minuciosa durante o inverno, garantindo que a Mercedes deixará “nenhuma pedra sobre pedra” em sua busca para ser a principal concorrente da Red Bull já no início da próxima temporada.

“Quando você ganha P2 num dia como hoje, lembra-te que perdeste P1. Precisamos aceitar isso com humildade, considerar hoje como um bom dia. No entanto, há um Monte Everest a escalar para alcançar a Red Bull”, disse Wolff.

O desempenho da Mercedes em Abu Dhabi, com George Russell terminando no pódio mas a uma distância considerável do vencedor Max Verstappen, reflete o caminho que a equipe precisa percorrer. Wolff, porém, vê isso não apenas como um lembrete das limitações atuais da equipe, mas também como uma oportunidade para uma recuperação formidável.

Em meio a esse cenário, Lewis Hamilton expressou seu desapontamento com o desempenho da equipe, mencionando a interrupção do desenvolvimento do carro em agosto. Contudo, Wolff olha para o progresso feito por equipes rivais ao longo da temporada como um sinal de que ainda há muito a ser explorado nas atuais regulamentações da F1. Ele destacou o salto de desempenho da McLaren com uma atualização na Áustria e o fortalecimento da AlphaTauri e da Aston Martin como exemplos do potencial ainda não realizado.

No entanto, Wolff mantém suas expectativas equilibradas, reconhecendo que a busca pelo topo é repleta de incertezas. Ele descreveu a conquista do segundo lugar como um sentimento “agridoce”, indicando tanto o sucesso relativo quanto o reconhecimento da distância que ainda separa sua equipe da liderança. Em uma análise final, Wolff pondera sobre a preferência entre a posição atual da Mercedes e a situação da Ferrari, concluindo que, apesar das vitórias serem importantes, a posição no campeonato e os benefícios consequentes, como tempo de túnel de vento e bônus financeiros, não podem ser ignorados.

“Não deixaremos pedra sobre pedra”, sinalizando um esforço concentrado para melhorar significativamente o desempenho da equipe.”

“Acho que ao fazer esta avaliação honesta de que este carro nunca vai ser bom o suficiente para lutar pelo campeonato… Mas o Monte Everest está à nossa frente”, concluiu.



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