A Ferrari está mostrando uma recuperação notável na Fórmula 1, superando desafios significativos relacionados ao desgaste de pneus, um problema que tem prejudicado a equipe italiana nas pistas. Andrew Shovlin, Diretor de Engenharia de Pista da Mercedes, reconhece que a Ferrari tem feito avanços consideráveis, nivelando a competição entre as duas equipes.
A Ferrari começou o ciclo de regulamentação mais recente com um pacote veloz, mas enfrentou dificuldades para dominar o caprichoso carro SF-23. A equipe, que já teve problemas com degradação excessiva de pneus, impedindo-a de transformar exibições de qualificação fortes em vitórias, parece ter superado esses obstáculos. Após testes extensivos, a Ferrari conseguiu converter posições de pole em Monza e Singapura em um pódio e a única vitória não-Red Bull.
Mesmo com a Mercedes conseguindo intercalar seus carros entre os da Ferrari em Suzuka, a equipe italiana continuou a somar mais pontos que a marca alemã pelo terceiro fim de semana consecutivo. Com isso, a diferença de pontos entre as duas equipes foi reduzida para apenas 20 pontos, com seis rodadas restantes em 2023.
Shovlin expressou que é difícil prever o desempenho relativo dos dois carros nos próximos eventos, citando Suzuka como uma pista atípica e mencionando que a Ferrari trouxe atualizações. “Há muitas variáveis para realmente determinar exatamente onde eles estão. A diferença não foi grande hoje,” disse ele.
A Mercedes, por sua vez, está focada em explorar maneiras de melhorar o desempenho nas próximas corridas. Shovlin ressaltou que a equipe não pode mais depender da vantagem de menor desgaste de pneus para superar a Ferrari. Ele insistiu que a equipe precisa extrair mais velocidade do seu carro W14. “Acho que o carro mais rápido vencerá nas próximas seis corridas… então, precisamos tentar nos tornar o mais rápido entre os dois,” afirmou Shovlin.
Ele também detalhou como a Mercedes não conseguiu usar uma clara vantagem de pneus sobre a Ferrari no Japão, relacionando parte disso às temperaturas e ao desempenho em curvas rápidas. “Acho que, nesta pista, é apenas sobre quanto grip você tem nas curvas rápidas. Muito disso será downforce. Parecemos estar um pouco atrás nesse aspecto aqui,” analisou ele.
Além disso, Shovlin destacou o desempenho da McLaren, que conseguiu um primeiro pódio duplo do ano em Suzuka, afirmando que não foi uma surpresa, já que a equipe tem sido forte em circuitos de alta velocidade desde que introduziu um carro fortemente revisado em julho.
A competição acirrada e os avanços tecnológicos continuam a moldar o cenário da Fórmula 1, com a Ferrari e a Mercedes buscando superar uma à outra em inovação e desempenho nas pistas. A expectativa é alta para as próximas rodadas, onde cada equipe terá a oportunidade de demonstrar sua resiliência e capacidade de adaptação.