Em um movimento surpreendente no Grande Prêmio de Mônaco, a equipe Mercedes optou por abandonar seu conceito incomum de “sidepod zero” em favor de um design mais convencional. Essa mudança na filosofia de design levantou questões entre os entusiastas da Fórmula 1, mas Andrew Shovlin, Diretor de Engenharia da Mercedes, recentemente esclareceu as complexidades por trás dessa decisão e os planos da equipe para a máquina W15 de 2024.
Enquanto o mundo da Fórmula 1 testemunhou uma tendência em direção aos sidepods no estilo Red Bull, a Mercedes havia teimosamente mantido sua abordagem de sidepod zero, apesar de uma temporada de 2022 pouco impressionante. Shovlin, no entanto, revelou que essa decisão foi impulsionada por uma avaliação complexa de múltiplos fatores de desempenho.
“Vemos isso como algo mais complicado do que apenas como os sidepods parecem”, explicou Shovlin. “A aparência dos sidepods interage muito fortemente com o que está acontecendo com o assoalho, e o assoalho é o que está gerando a maior parte da força descendente.”
A busca da Mercedes pela Red Bull e seus títulos de campeonato está profundamente ligada à exploração de novos conceitos de design. Shovlin enfatizou a importância de não apenas mudar os sidepods, mas também fazer ajustes correspondentes sob o carro. Essas modificações têm como objetivo otimizar o fluxo de ar.
“Isso é um elemento, mas a outra coisa, com um novo conjunto de regulamentos, é descobrir onde você quer direcionar a força descendente. Onde você deseja focar em termos de eficiência ou níveis de arrasto? E grande parte do trabalho que fazemos quando falamos em seguir um caminho de desenvolvimento diferente é, na verdade, dizer: ‘Onde achamos que está o verdadeiro valor?'”
“Quando seus recursos são tão limitados [pelo teto de gastos], você precisa ter muito cuidado com onde está procurando desempenho, porque precisa ser frutífero. Com tão pouco tempo em túnel de vento, o teto de gastos está tornando as coisas difíceis.”
“Você não quer estar explorando [para possíveis melhorias] em terras inférteis [que não produzirão desempenho], basicamente.”
Este movimento da Mercedes deixa os fãs de Fórmula 1 ansiosos para ver como essas mudanças de conceito afetarão o desempenho da equipe na próxima temporada e se eles conseguirão recuperar o título do campeonato das mãos da Red Bull.