F1: Monza pede ajuda por dificuldades de orçamento

O presidente do Automobile Club d’Italia (ACI), Angelo Sticchi Damiani, afirmou que o circuito de Monza precisa de apoio financeiro, para que não corra o risco de perder seu lugar no calendário da Fórmula 1, diante da crescente concorrência de outros locais e circuitos querendo receber a categoria.

Sendo anfitrião exclusivo do GP da Itália desde 1981, a próxima visita da F1 a Monza será em setembro, quando o local vai sediar a etapa 15 da temporada 2023, com o evento garantido no calendário da Fórmula 1 até o final de 2025.

No entanto, Monza é um dos vários circuitos icônicos usados pela Fórmula 1, que precisam continuar lutando por sua sobrevivência na categoria, com a imensa popularidade da F1 nos dias de hoje, criando uma espécie de disputa para garantir um lugar no calendário.

Como tal, Damiani, presidente do ACI, disse que Monza deve ‘evoluir’, e isso é algo que está em processo de ser feito. Porém isso tem um custo e, sem ajuda, ele teme que as perspectivas de longo prazo para um GP da Itália em Monza possam ser sombrias.

“O circuito de Monza deve evoluir, mudar, acompanhar os tempos”, disse ele na noite de apresentação do circuito para a próxima temporada, conforme o La Gazzetta dello Sport. “Mas nisto não podemos ficar sozinhos.”

“Dizem que a Europa tem muitos GPs, e há pedidos da América, da Ásia e agora também da África. Investimos quase US$ 48 milhões, e no ano passado, onde correu tudo muito bem, ainda perdemos dinheiro, porque o autódromo tem um custo operacional muito alto, independentemente do GP. Agora nosso orçamento começa a ter dificuldades, e não podemos ficar sozinhos nesse desafio”, disse ele.

“Enquanto isso, devemos nos concentrar nas primeiras obras previstas para os próximos meses. Quatro projetos, sendo dois definitivos, em asfalto e também no metrô.”

“O projeto de recapeamento do asfalto da pista foi entregue, enquanto em breve teremos o projeto final do metrô, que é necessário e imprescindível, porque no fluxo do público, não podemos ter confusão entre pedestres e carros. Esperamos uma aprovação rápida para prosseguir com a licitação”, acrescentou.

Neste momento, ainda não está claro se essas tarefas podem ser realizadas antes do GP da Itália de 2023.

“Quando as obras forem entregues à empresa, falaremos sobre o calendário”, disse Damiani ao Corriere dello Sport. “Nesse momento será fácil entender se é possível fazê-las antes ou imediatamente após o GP. Mas o que temos que mostrar para Stefano Domenicali (CEO da F1), e para a categoria, é que estamos procedendo com seriedade e concretude. Fizemos o que tínhamos que fazer, agora o resto é feito inteiramente por procedimentos”, concluiu Damiani.



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