F1: Mudanças nas regras permitem que Antonelli corra na F1, mas Herta, não

Depois de ajustes feitos no Código Esportivo Internacional, Andrea Kimi Antonelli poderá correr na Fórmula 1. Antes da mudança, apenas pilotos maiores de 18 anos poderiam correr na categoria, agora, um corredor de no mínimo 17 anos poderá correr se ele tiver “demonstrado recente e consistentemente habilidades e maturidade excepcionais em competições de carros de fórmula monoposto”.

Além da idade mínima, outra mudança implementada foi que os titulares de superlicença não precisam ter uma carteira de motorista. Na Itália, a permissão para dirigir é a partir de 18 anos, e agora, com essas novidades, Antonelli poderá entrar na Fórmula 1. 

Por mais que agora Kimi possa pilotar um carro de F1 graças a algumas modificações nas regras, a FIA foi irredutível para o caso de Colton Herta, piloto da Andretti Indy Car, quando a Red Bull tentou conseguir uma superlicença para o piloto para 2023.

Herta tinha a idade e cumpria os outros critérios necessários, mas não possuía os 40 pontos de superlicença – concedidos por seus resultados em várias séries – acumulados em um período de três anos.

A mudança, anunciada hoje (14), provocou frustração em vários pilotos da IndyCar, “Ah, então exceções podem ser feitas?”, perguntou Alexander Rossi, automobilista que corre para a Arrow McLaren. O descontentamento é justificado, afinal o desempenho de Herta era comprovação o suficiente para provar a sua capacidade de pilotar na F1, porém, a oportunidade que agora se apresenta para Kimi Antonelli não é uma exceção e sim uma modificação nas regras. 

A Indy é uma categoria altamente competitiva, com corridas em circuitos ovais a velocidades médias superiores às da F1, e a velocidades maiores do que as da F2 em circuitos de rua e estrada. Apesar disso, a FIA atribui apenas 124 pontos de superlicença no total para os 10 melhores competidores da Indy a cada ano. Menos do que a F2 (201) e a F3 (128), categorias de base, diferentemente da IndyCar.

A FIA poderia considerar reestruturar o seu esquema de pontos, mas não o faz. Enquanto isso, pilotos como Colton Herta perdem a oportunidade de fazer parte da categoria mais apreciada do esporte a motor, a F1, graças a um pensamento que subestima os pilotos que não estão em séries europeias.



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