O chefe da Haas, Guenther Steiner, apoio a decisão de sua equipe de dispensar o piloto russo, Nikita Mazepin, bem como a empresa de seu pai e principal patrocinadora do time naquele momento, a Uralkali, ainda na pré-temporada de 2022, e afirmou que ‘não poderia tomar outra decisão’.
Pouco antes do início da temporada 2022, a Haas voltou a ter ‘dor de cabeça’ em relação a patrocinadores, quando tratou de romper o contrato com seu patrocinador principal, a Uralkali.
O produtor russo de fertilizantes e seu acionista majoritário Dmitry Mazepin (pai de Nikita), têm laços estreitos com Vladimir Putin, presidente da Rússia, e a Haas optou por abandonar imediatamente seu patrocinador após a invasão da Rússia na Ucrânia.
Com isso, Nikita Mazepin perdeu sua vaga na equipe e na Fórmula 1, pois estava ali apenas por causa do patrocínio de seu pai ao time.
O caso aconteceu apenas três anos depois que a Haas teve problemas com o então patrocinador Rich Energy, e com o proprietário da marca, William Storey.
Porém, a saída da Uralkali e de Mazepin, provou ser uma bênção para a equipe, pois permitiu que a Haas trouxesse de volta Kevin Magnussen, que marcou um P5 em sua primeira corrida de retorno à equipe e à categoria.
Houve dúvidas se a falta de um patrocinador titular da Haas para a temporada 2022, teria um impacto na capacidade da equipe de se desenvolver, mas Steiner logo afirmou que esse não era o caso.
“Na verdade, não”, disse ele ao Speedcafe.com. “Não poderíamos tomar outra decisão após a invasão da Ucrânia. Acho que, olhando para trás, acho que fizemos a coisa certa. Mas não, não teve nenhum impacto financeiro.”
“Certamente impactou o início da temporada. Havia muito trabalho a ser feito para voltar para onde queríamos estar. Mas, por outro lado, quando começamos a correr no Bahrein, você pode ver como as coisas mudam rapidamente na F1”, disse ele.
“Nunca houve arrependimento, apenas seguimos e tiramos o melhor proveito disso. Tivemos uma oportunidade, mas foi um desafio. Focamos nisso e seguimos em frente.”
Steiner espera muito menos preocupações com patrocínio em 2023, com a financeira americana ‘MoneyGram’ se tornando o patrocinador principal da equipe.
“Em primeiro lugar, não é apenas o financeiro, mas a MoneyGram é uma empresa muito sólida e boa que, embora seja uma empresa americana, faz 75% de seus negócios globalmente.”
“Portanto, o fato deles quererem fazer parte disso, mostra o quão boa é a F1, e eles escolheram a Haas porque acham que estamos em um bom caminho”, disse Steiner.
“Isso mostra aos nossos funcionários e aos fãs, que a Haas veio para ficar, porque no ano passado houve perguntas difíceis. Acho que agora temos uma das equipes mais sólidas do paddock. Existem dez equipes sólidas no grid e a Haas é uma delas.”
“É também um reconhecimento do que estamos fazendo, do fato de eles escolherem ir conosco. A MoneyGram é uma empresa sólida. Portanto, acho que, no geral, não há pontos negativos, apenas pontos positivos”, concluiu Steiner.
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