O pedido do direito de revisão da Ferrari sobre a penalidade recebida por Carlos Sainz no GP da Austrália de Fórmula 1, foi negado. Sainz recebeu uma penalidade de cinco segundos em Melbourne, depois de ter tocado na Aston Martin de Fernando Alonso, fazendo o espanhol rodar. Isso aconteceu na caótica última relargada da corrida.
Devido ao grid estar muito próximo naquele momento, devido à relargada, a penalidade rebaixou Sainz para o P12.
A Ferrari apresentou seu pedido de ‘direito de revisão’, conforme permitido pelo regulamento da Fórmula 1, e uma audiência virtual foi realizada nesta para terça-feira para avaliar a validade da solicitação da equipe.
Para que uma audiência fosse oficialmente realizada, a Ferrari teria que apresentar novas informações realmente significativas e relevantes, que não estavam disponíveis no momento do ocorrido.
Avaliando o pedido de realização da audiência, os comissários concluíram que a Ferrari não apresentou nenhuma informação relevante nova, e consequentemente, o direito de revisão foi negado.
Isso significa que a classificação final do Grande Prêmio da Austrália foi mantida.
A Ferrari apresentou telemetria do incidente, juntamente com declarações de testemunhas de Sainz e outros pilotos, mas isso não foi considerado relevante para considerar o veredicto original alterado.
“Consideramos desnecessário ouvir Sainz ou qualquer outro piloto para decidir que ele foi totalmente culpado pela colisão”, diz um comunicado dos comissários.
“Uma decisão que nós, e outros painéis de comissários, tomamos rotineiramente e somos encorajados a tomar, quando a causa da colisão é clara e há necessidade de penalidades de tempo serem aplicadas o mais rápido possível.”
Ao explicar por que a telemetria não foi considerada nova ou relevante, os comissários escreveram: “Os comissários têm acesso a uma quantidade considerável de dados de telemetria. Também estávamos em posição de acessar esses dados. Os dados de telemetria apresentados na Petição são, na melhor das hipóteses, ambíguos e, em nossa opinião, não isentaram Sainz, mas de fato corroboraram nossa decisão de que ele foi totalmente culpado pela colisão.”
“Ele disse que freou mais forte, mas não conseguiu parar o carro por causa dos pneus frios. Ele afirma ainda que uma volta de formação lenta contribuiu para os pneus frios.”
“Há dois pontos. Primeiro, mesmo que isso seja verdade, a apresentação da telemetria mostrando seu ponto de frenagem, não é um elemento novo significativo para os fins do Art.14. Em segundo lugar, as condições da pista e dos pneus, eram algo que todos os pilotos precisavam levar em consideração e se adaptar. Ao tentar frear tarde, ele assumiu o risco de perder o controle do carro. Neste caso, esse risco concretizou-se, tendo como consequência uma colisão que se seguiu, à qual se aplica uma sanção”, encerra o comunicado.