Ayrton Senna quase vestiu o macacão vermelho da Ferrari na temporada de 1991, de acordo com reportagens da imprensa italiana. A revelação surpreendente surge no momento em que Lewis Hamilton, maior campeão da história da Fórmula 1 ao lado de Michael Schumacher, se prepara para ir para Maranello a partir de 2025, substituindo Carlos Sainz.
Segundo os jornais La Stampa e Corriere della Sera, a lenda da F1, Ayrton Senna, também tinha planos ambiciosos de se tornar piloto da Ferrari no auge de sua carreira. Um acordo teria sido firmado em 1990, para a temporada de 1991, entre Senna, então piloto da McLaren e com 30 anos de idade, e Cesare Fiorio, chefe da equipe Ferrari na época.
“Tínhamos chegado a um acordo sobre tudo”, afirmou Fiorio, atualmente com 84 anos. “Mas Fusaro se opôs.”
Piero Fusaro era o presidente da Ferrari à época, sendo sucedido por Luca di Montezemolo em 1991. Questionado sobre a oposição de Fusaro à contratação de Senna, Fiorio explicou: “Talvez fosse para evitar antagonizar com Alain Prost, ou talvez porque ele quisesse me mostrar quem mandava. Somente ele, eu e a diretoria da Ferrari sabíamos daquela negociação. Alguém contou a Prost”, acrescentou.
O Corriere della Sera informou que Senna iria receber US$ 30 milhões na Ferrari em 1991, um recorde na época.
Fusaro, de 72 anos, nega a versão de Fiorio, dizendo que Prost teria ido diretamente à poderosa família Agnelli, dona da Ferrari. “Isso aconteceu e não havia como voltar atrás naquela decisão”, afirmou.
Posteriormente, Prost foi demitido de forma até ‘espalhafatosa’ pela Ferrari durante a temporada de 1991, após comparar o carro daquele ano com um caminhão. Depois disso, a Ferrari tentou novamente contratar Senna para 1995.
“Eu ofereci para ele vir para a Ferrari em 1995”, disse Jean Todt, então chefe da Scuderia. “Ele insistia em 1994, mas já tínhamos Gerhard Berger e Jean Alesi contratados. Então sabemos o que aconteceu depois”, finalizou Todt, referindo-se à morte de Senna em 1994.