Frederic Vasseur, chefe da Ferrari, não poupou elogios à perseverança de Carlos Sainz após o espanhol conquistar uma impressionante vitória no GP da Austrália de Fórmula 1.
O terceiro triunfo de Sainz na F1 chegou apenas duas semanas depois de ele ter sido submetido a uma apendicectomia durante o fim de semana do GP da Arábia Saudita, o que o forçou a perder a sessão de classificação e a corrida em Jeddah, abrindo caminho para a estreia sensacional do jovem de 18 anos, Oliver Bearman, que garantiu um ótimo P7.
Ao chegar a Melbourne, no circuito de Albert Park, havia dúvidas sobre a condição física de Sainz, com o próprio piloto de 29 anos questionando sua participação antes do TL1, mas o espanhol, que ainda não tem contrato para 2025 com nenhuma equipe, pilotou de forma impecável para liderar a primeira dobradinha da Ferrari desde o GP do Bahrein em 2022.
“Ele (Sainz) fez um trabalho fantástico no Bahrein pressionando a equipe, com certeza, Jeddah foi um fim de semana difícil para Carlos e para a equipe. A recuperação dele foi incrível, é preciso lembrar que duas semanas atrás ele estava no hospital”, disse Vasseur.
“Acho que mesmo na sexta-feira ele não estava 100% certo de que conseguiria pilotar. Depois de algumas voltas, ele estava no ritmo, isso também fez parte do sucesso. Você não pode desistir logo no primeiro treino livre se quiser ter um bom desempenho. Com certeza, é incrível, e considerando de onde ele vem, ninguém esperava um resultado como esse”, acrescentou.
Sainz assumiu a liderança da corrida na segunda volta, ultrapassando Max Verstappen da Red Bull, que logo depois abandonou a prova com um problema no freio traseiro direito. O espanhol, no entanto, pareceu bem adaptado ao SF24 desde o início, com progressos especialmente no gerenciamento de pneus, o que foi um problema para a Ferrari na temporada passada.
Apesar da Ferrari ter encostado na Red Bull a quatro pontos no campeonato de construtores, Vasseur afirma que não está ‘nem um pouco focado no desempenho’ dos principais rivais da Scuderia.
“Estou focado no desempenho do nosso carro. Demos um grande passo à frente. Talvez no ritmo de uma volta, não estávamos em lugar nenhum no ano passado. O grande passo que demos está mais na consistência entre os dois compostos de pneus, ou entre um stint e outro. O carro está muito mais fácil de pilotar, muito mais fácil de interpretar também para os pilotos e muito mais fácil de desenvolver”, finalizou o chefe da Ferrari.
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