O desempenho abaixo do esperado da McLaren no GP de Las Vegas de Fórmula 1, trouxe à tona uma limitação de longa data no carro da equipe, segundo Lando Norris. O piloto britânico revelou que a dificuldade em lidar com a aderência em condições de baixa tração é um problema persistente que acompanha o time desde sua estreia com a equipe em 2019.
“É uma reclamação que faço há seis anos e que ainda não conseguimos resolver completamente”, afirmou Norris. “Em pistas com condições específicas, esses problemas não aparecem, mas somos uma das piores equipes em lidar com o desgaste dos pneus dianteiros.”
No circuito de Las Vegas, Norris terminou em sexto, com seu companheiro Oscar Piastri logo atrás, em sétimo. Esse foi o pior desempenho da McLaren desde que a equipe passou a disputar vitórias na segunda metade da temporada.
“Mesmo pilotando bem, não havia nada mais que eu pudesse fazer. Tentar forçar mais teria me levado direto ao muro”, disse o britânico. Ele também destacou que a fraqueza da McLaren em condições de baixa aderência já apareceu em outras corridas, como no Canadá e no México.
“O problema foi severo hoje (domingo), mas não é novo. Em Montreal, por exemplo, tivemos o mesmo desgaste exagerado nos pneus dianteiros. É algo que tentamos corrigir, mas ainda está profundamente enraizado nas características do carro”, acrescentou.
Apesar dos desafios enfrentados em Las Vegas, Norris se mostrou mais otimista para o próximo GP, no Catar. Segundo ele, as características de alta velocidade do circuito de Lusail devem favorecer o desempenho do MCL38.
“O carro da Red Bull ainda é, de longe, o melhor em curvas de alta velocidade, então não espero que sejamos favoritos. Mas certamente teremos um carro capaz de lutar mais do que tivemos neste fim de semana”, finalizou o piloto britânico.