Após uma temporada dominante em 2023, quando venceu 21 de 22 corridas e conquistou o título de construtores já no GP do Japão, a Red Bull Racing enfrentou um cenário bem diferente na temporada 2024 da Fórmula 1. O time perdeu 271 pontos em relação ao ano anterior, marcando o maior declínio entre todas as equipes da Fórmula 1.
O início da temporada indicava que a Red Bull poderia repetir o domínio do ano anterior. Max Verstappen venceu quatro das cinco primeiras corridas, mas abandonou no GP da Austrália devido a problemas nos freios traseiros. A partir do GP de Miami, no entanto, a McLaren surgiu como a equipe mais veloz do grid, alterando a hierarquia nas primeiras posições.
Segundo Pierre Waché, diretor técnico da Red Bull, o RB20 não sofreu alterações significativas, apesar das críticas de Verstappen sobre problemas de equilíbrio desde o início do ano. “Não mudamos o carro nem a forma como o ajustamos”, afirmou Waché. Contudo, a falta de evolução acabou sendo decisiva, enquanto rivais como McLaren, Ferrari e Mercedes avançaram com melhorias em seus carros.
Em 2023, a Red Bull somou impressionantes 860 pontos no campeonato de construtores. Já em 2024, esse número caiu para 589, uma diferença de 271 pontos. O declínio é significativamente maior do que o da Aston Martin, que perdeu 186 pontos no mesmo período.
Enquanto isso, a McLaren foi a grande vencedora do ano, aumentando sua pontuação de 302 para 666, um salto de 364 pontos. Essa evolução consolidou a equipe de Woking como protagonista na disputa pelo título de 2024, deixando a Red Bull para trás, apenas na terceira posição, atrás da equipe de Woking e da Ferrari.
Mesmo com Waché negando um declínio técnico da Red Bull, os números indicam que a equipe foi superada pela rápida evolução das equipes concorrentes. O desafio agora é retomar a liderança em um cenário onde a concorrência se mostra mais forte do que nunca.