Guenther Steiner, ex-chefe da equipe Haas na Fórmula 1, esclareceu os rumores sobre a possível contratação de Daniel Ricciardo após sua saída da McLaren no final de 2022, antes do australiano se tornar piloto reserva na Red Bull Racing e assumir como piloto titular na AlphaTauri (atual RB) no ano passado. Em entrevista ao PlanetF1.com, Steiner revelou que nunca houve uma tentativa real de negociação com o piloto australiano, apesar dos vários rumores nesse sentido.
Apesar da vaga aberta na equipe ao lado de Kevin Magnussen na época (devido à saída de Mick Schumacher), Steiner sentiu que Ricciardo havia perdido a paixão pela F1. “Eu não tentei contratá-lo”, disse Steiner. “Conversei com ele, mas não senti que ele estava pronto para voltar a correr. Não vi ‘brilho nos olhos’ dele. Não sabia se seria a decisão certa e, de qualquer forma, não tínhamos recursos suficientes naquela época.”
Steiner acredita que as pressões na F1 afetaram Ricciardo negativamente. “Ele teve um período difícil desde que deixou a Renault (atual Alpine). Não sei o motivo, pois seu talento não desapareceu. Acho que foi a pressão. Ele não conseguia mais lidar com isso, não ser o líder, e isso não funcionou mais para ele.”
O ex-chefe da Haas sugere que talvez Ricciardo deveria ter ficado mais tempo fora da F1 após sua saída da McLaren. “Talvez uma pausa de um ou dois anos tivesse sido melhor do que apenas seis meses”, acrescentou.
Steiner citou Nico Hulkenberg como exemplo de piloto que se fortaleceu após um período fora da F1. “Hulkenberg deixou a Renault por causa de Ricciardo, já que Danny era melhor. Mas nos três anos fora, ele recuperou sua paz, sua confiança de que ‘ainda posso fazer isso’ e voltou mais forte”, finalizou.
A recente saída de Ricciardo da RB e consequentemente da F1, após o GP de Singapura, levanta discussões sobre a pressão enfrentada pelos pilotos e a importância de administrar a carreira para manter a motivação e o alto desempenho.