Foi anunciado hoje (04), que a Red Bull estendeu contrato com o piloto Sergio “Checo” Pérez por mais dois anos.
A trajetória do mexicano com a equipe austríaca começou em dezembro de 2020, quando o anunciaram como substituto de Alex Albon para a temporada seguinte. A RBR se encontrava com dificuldades desde o início de 2019. Com a saída inesperada de Daniel Ricciardo, a equipe assinou com Pierre Gasly, que foi desligado após 12 corridas, sendo substituído pelo anglo-tailandês.
Ao final de 2020, a Red Bull decidiu mais uma vez trocar de pilotos, colocando Pérez para o assento ao lado de Max Verstappen.
Na sexta corrida com a equipe, no GP do Azerbaijão, o mexicano subiu no posto mais alto do pódio. Ele terminou o ano com mais quatro pódios, na França, Turquia, Estados Unidos, e até no México, sua casa.
Apesar de terem perdido o Campeonato de Construtores para a Mercedes, Pérez teve papel fundamental na equipe, contribuindo para que seu companheiro conquistasse o título mundial pela primeira vez – isso tudo em 2021.
Na briga de Verstappen e Lewis Hamilton em Abu Dhabi, Checo foi peça chave. Na qualificação, o mexicano deu um impulso para que o companheiro de equipe fizesse a pole da corrida. Durante a prova, Pérez defendeu sua posição de Hamilton, o que no final contribuiu para que Verstappen ganhasse o GP, levando consigo o troféu do Campeonato de Pilotos.
No rádio, Verstappen chamou Checo de “lendário”, e depois da corrida afirmou, “É muito raro ter um companheiro assim e o que ele mostrou hoje, ele foi um verdadeiro jogador de equipe e realmente espero que possamos continuar assim por muito tempo”.
Com sua performance em 2021, Pérez garantiu mais um ano de contrato com a RBR, e em 2022 adicionou mais duas vitórias e alguns pódios para a conta.
A temporada foi marcada pelos novos regulamentos da F1, aos quais a Red Bull se adaptou bem, mostrando vislumbres do que se tornaria uma dominância que a equipe há tempos não tinha.
Para a primeira corrida do ano, no Bahrein, o mexicano se classificou em quarto lugar, mas abandonou no final da corrida junto com Verstappen. A RBR se recuperou e Pérez conquistou sua primeira pole na F1 no Grande Prêmio da Arábia Saudita. Ele terminou a prova em P4, mas nas próximas quatro corridas conquistou três P2. Depois de já ter assinado uma extensão de seu contrato até 2024, o GP de Mônaco marcou a terceira vitória de Sergio Pérez na Fórmula 1.
As próximas corridas foram marcadas por altos e baixos, entre pódios e um abandono, o mexicano trocava de posições com Charles Leclerc na tabela, batalhando pelo vice-campeonato.
Em Singapura, Pérez conquistou sua segunda vitória do ano. Sua temporada terminou com 305 pontos, não o suficiente para superar Leclerc no campeonato, que terminou com 308.
A temporada de 2023 foi a melhor da carreira de Pérez, que conquistou o vice-campeonato, e marcante para a Red Bull, que teve seus dois pilotos no topo da tabela, mostrando trabalho em equipe e contribuindo para que a RBR levasse o Campeonato de Construtores.
O mexicano terminou o ano com duas vitórias, na Arábia Saudita e no Azerbaijão, e nove pódios no total. Sua pontuação final foi de 285, uma diferença de 290 pontos para Max Verstappen, que firmou seu tricampeonato com 575 pontos.
A temporada de 2024 ainda não acabou, mas Pérez acaba de ser renovado por mais dois anos com a RBR. O piloto está em quinto lugar na tabela de pilotos, com 107 pontos, atrás de Verstappen, Leclerc, Norris e Sainz.
Com quatro pódios em oito corridas, o mexicano ainda não tem uma vitória em 2024. Na Emília-Romagna terminou a prova em P8, e em Mônaco sua corrida acabou cedo, logo na primeira volta depois de um incidente com os dois pilotos da Haas.
A renovação de Pérez e a extensão até 2026 veio em um momento inesperado, considerando seu abandono na última corrida, além de resultados não tão satisfatórios para a equipe que urge em conquistar mais um título de Construtores ao final de 2024.
Restam 16 corridas para o final da temporada, e talvez agora, Pérez possa tirar um peso dos ombros e terminar o ano com uma melhora no seu desempenho, tendo um assento garantido por mais dois anos. De qualquer forma, Checo precisa tomar cuidado para não ser substituído como seus antecessores.