O piloto da Alpine, Esteban Ocon, revelou que estava passando muito mal após 16 voltas no exaustivo GP do Catar de Fórmula 1.
Embora a temperatura máxima no circuito tenha alcançado apenas 33°C, a umidade estava alta dentro dos carros, o que somado às forças G elevadas e ao ritmo intenso da corrida, tornou-a fisicamente muito desafiadora.
O piloto da Williams, Logan Sargeant, teve que abandonar a corrida devido à desidratação, enquanto vários outros pilotos precisaram visitar o centro médico após a corrida devido às condições extremas.
Lance Stroll até admitiu ter perdido a consciência em alguns momentos durante a corrida de 57 voltas, com Ocon detalhando que estava se sentindo doente ao volante, mas ainda conseguiu terminar em sétimo lugar.
“Foi a luta mais difícil pelos pontos que já tive”, disse Ocon à imprensa. “Eu estava me sentindo mal por volta da volta 16, e então fiquei enjoado e com vontade de vomitar por duas voltas dentro do cockpit. Depois pensei: ‘Caramba, essa vai ser uma corrida muito, muito longa’. Tentei me acalmar, lembrei que o lado mental do esporte é a parte mais forte do corpo, consegui controlar isso e terminar a corrida.”
Ocon sentiu que as condições foram agravadas pela má gestão do calor no cockpit do Alpine A523, e ele deseja que a equipe investigue essa questão.
“Eu não esperava que a corrida fosse tão difícil, normalmente consigo fazer duas distâncias de corrida, mesmo em Singapura, e fisicamente, em termos de músculos e cardio, estou sempre bem. Acredito que talvez não tenhamos feito o melhor trabalho em termos de dissipar o calor no cockpit e evitar que ele se acumulasse, e acho que essa foi a razão para o calor excessivo”, encerrou o piloto francês.