O aumento do calendário da Fórmula 1 para 24 etapas em 2024, acendeu um alerta para o piloto Sergio Perez da Red Bull. Em uma entrevista, Perez expressou a preocupação de que esse ritmo intenso possa encurtar as carreiras dos pilotos e esgotar o time de apoio.
A F1 vem aumentando o número de corridas nos últimos anos, buscando atingir novos mercados e fãs. Apesar do atrativo comercial, o extenso calendário tem seu custo. Em 2023, a previsão inicial era de 24 corridas, mas o cancelamento dos GPs da China e Ímola reduziu o número para 22. No entanto, as duas provas retornam em 2024, tornando a próxima temporada a primeira na história da F1 com 24 GPs.
Essa maratona começa em março no Bahrein e termina em dezembro em Abu Dhabi, com nada menos que três corridas em três semanas consecutivas ao longo do caminho. Perez, junto com outros pilotos e membros das equipes, já demonstram sinais de cansaço no final da temporada.
“Obviamente, é algo que vamos discutir para ver o que pode ser feito”, afirmou Perez. “Provavelmente, para o ano que vem já é tarde demais, mas para o ano seguinte precisamos encontrar alternativas para otimizar o calendário.”
“Nunca vi tanta gente exausta na última corrida. Acho que isso precisa ser levado muito a sério”, destacou o piloto mexicano. “É importante para o esporte, para os pilotos, continuarmos tendo essas carreiras longas que estamos vendo. E para as equipes, para os mecânicos, também queremos que eles tenham carreiras longas. Então, acho que é algo que precisa ser considerado”, encerrou Perez.
A preocupação de Perez levanta um debate importante sobre o equilíbrio entre o crescimento da F1 e o bem-estar dos envolvidos. O formato atual, com viagens constantes ao redor do mundo e um calendário extenso, pode de fato ameaçar a longevidade de pilotos e pessoal das equipes, por isso é importante encontrar um modelo sustentável, que atenda às demandas comerciais sem comprometer a saúde e o desempenho dos envolvidos.