F1: Piastri se prepara para afirmar seu papel na McLaren em 2025

Bernie Collins, ex-estrategista da Fórmula 1, acredita que Oscar Piastri tem uma grande oportunidade nas três últimas corridas de 2024 para evitar ser colocado em segundo plano em 2025. 

No início, a McLaren estava decidida a deixar seus dois pilotos competirem na pista. No entanto, passaram a priorizar Lando Norris, que estava à frente de Piastri no campeonato, após uma manobra ousada do australiano sobre o companheiro em Monza que custou uma dobradinha à equipe. 

No entanto, foi no Brasil que as ordens de equipe realmente entraram em ação. Piastri, que conseguiu a pole position para a corrida sprint no GP de São Paulo, teve que ceder sua posição para Norris. Na corrida de domingo, a McLaren também ordenou uma troca entre os dois. 

Tudo isso na tentativa de colocar o britânico em posição de superar Max Verstappen no campeonato de pilotos. No entanto, o holandês, que fez uma corrida de recuperação saindo da 17ª posição, venceu a prova, enquanto Norris terminou em apenas 6º lugar. Isso aumentou a diferença entre os dois no campeonato e deixou caminho para o tetracampeonato mais fácil para Verstappen. 

Com a temporada se aproximando do fim, Collins vê uma oportunidade para Piastri deixar claro à McLaren que não quer ser considerado o piloto número dois no próximo ano. 

“A questão interessante são as próximas três corridas”, disse Collins no podcast Sky F1. “Se estamos dizendo que o Campeonato de Pilotos já está decidido – não matematicamente, mas eu entendo que está muito perto – Piastri agora tem a chance de dizer, ‘Eu não quero ser o piloto número dois na primeira corrida do ano que vem’”. 

“Então, não haverá mais isso de ceder sua posição na corrida Sprint, ceder sua posição na corrida principal. Estou bastante empolgado para ver como isso vai se desenrolar nas próximas três.”

Além disso, o engenheiro de corrida de Piastri, Tom Stallard, elogiou a forma como o australiano tem lidado com as ordens de equipe e destacou o ambiente colaborativo dentro da McLaren.

“Eu acho que há dois aspectos nisso. O primeiro é que esta equipe é realmente unida, e quer o melhor para a equipe. A outra coisa que eu diria é que, se você é um piloto que acha que vai ganhar campeonatos de pilotos, você quer estar em uma equipe que vai te apoiar para fazer isso”, disse ele no podcast Beyond the Grid.

“Então, se você não está disposto a ajudar a equipe a alcançar isso quando é o outro cara, como você espera que a equipe te trate quando for você o próximo? Então, não é necessário haver um ‘troca-troca’ nisso, mas simplesmente que houve muitos exemplos de equipes de Fórmula 1 onde os dois pilotos ficam se atacando durante toda a temporada, e no final disso, Kimi Räikkönen ganha [em 2007]”.

“Acho que, desse ponto de vista, Oscar tem sido muito, muito positivo no apoio à equipe e disposição para apoiar o que for necessário. Ele está olhando para o longo prazo e, genuinamente, quer que sua equipe vença.”