A demissão de Niels Wittich do cargo de diretor de prova da Fórmula 1, pegou pilotos e equipes de surpresa. O anúncio veio logo após o GP de São Paulo, com a FIA confirmando a notícia. Logo em seguida ao anúncio, Wittich afirmou que foi retirado do cargo e não que tenha decidido sair voluntariamente.
Rui Marques, até então diretor de prova da Fórmula 2 e Fórmula 3, assumirá a posição para as três corridas finais da temporada 2024. Fernando Alonso, um dos pilotos mais experientes do grid, disse estar disposto a colaborar com o novo diretor.
“Fiquei surpreso. Li a notícia, como vocês também leram. Não tenho nenhuma outra informação além do comunicado de imprensa”, afirmou Alonso. “Vamos apoiar o novo diretor e ajudá-lo no que for necessário. Espero que possamos construir uma boa relação para melhorar as coisas no futuro.”
Outros pilotos, como Charles Leclerc e Alex Albon, questionaram a decisão da FIA em fazer uma mudança tão significativa no final da temporada.
“Foi uma surpresa. Niels tinha um dos trabalhos mais difíceis no paddock e estava se saindo bem”, comentou Albon. “Não cabe a mim julgar a troca, mas ele era capaz de finalizar essas últimas três corridas.”
Leclerc acrescentou: “A decisão veio do nada. Fazer isso tão tarde na temporada, em um momento importante, é bastante inesperado. Certamente poderia ter sido gerenciado de forma mais cuidadosa.”
Carlos Sainz também afirmou ter sido pego de surpresa. “É estranho mudar o diretor de prova faltando apenas três corridas para o fim do ano. Não sabemos o que aconteceu nos bastidores.”
George Russell e Oscar Piastri criticaram a falta de comunicação da FIA com os pilotos. Russell destacou que os competidores não foram informados previamente sobre a mudança: “Foi um choque. O novo diretor agora terá muita pressão com apenas três corridas restantes. Como pilotos, seria bom sermos incluídos nessas decisões.”
Piastri, por sua vez, reforçou que a saída de Wittich não parecia ser necessária. “Soube por outro piloto ou por algum artigo. Niels estava fazendo um trabalho razoável. Algumas coisas melhoraram, outras não, mas não acho que justificava uma demissão imediata.”
Apesar da mudança, Pierre Gasly e Lance Stroll acreditam que o impacto no comportamento dos pilotos será mínimo. “As regras são claras e continuarão sendo aplicadas, independentemente de quem estiver no comando”, afirmou Gasly.
Stroll, no entanto, apontou que a abordagem em relação às punições pode mudar: “Talvez as penalidades sejam aplicadas de forma diferente agora, e espero que seja para melhor.”
Com apenas três corridas restantes no calendário, a mudança na direção de prova coloca um novo elemento de incerteza na reta final do campeonato.