O GP da Holanda de Fórmula 1, realizado no icônico circuito de Zandvoort, deixará o calendário da categoria após 2026, decisão que causou insatisfação entre diversos pilotos. Apesar das arquibancadas lotadas e da grande popularidade do evento, a organização não conseguiu garantir a continuidade da prova no calendário.
Lewis Hamilton, Carlos Sainz e Oscar Piastri foram algumas das vozes críticas em relação à saída de Zandvoort, apontando a necessidade de preservar as corridas tradicionais na categoria.
Sainz lamentou a situação e destacou o desequilíbrio no calendário atual, que tem dado mais espaço a corridas fora da Europa. “A Fórmula 1 deveria ter cerca de vinte corridas por temporada. Dessas, acredito que de seis a oito deveriam ser na Europa, onde o esporte nasceu”, disse ele.
O espanhol sugeriu um sistema de rodízio para manter Zandvoort e outros circuitos tradicionais no calendário. “Mesmo que essas pistas não tenham o mesmo orçamento que outras fora da Europa, elas deveriam ter a oportunidade de voltar a cada dois ou três anos. O mesmo vale para Espanha, Inglaterra ou outros circuitos históricos”, acrescentou.
Piastri compartilhou da visão de Sainz e destacou a importância dos circuitos tradicionais para os pilotos. “Precisamos ter cuidado para não nos desfazer de todas as pistas em que crescemos correndo e aprendemos a amar”, disse o australiano, acrescentando que muitas das pistas favoritas dos pilotos estão na Europa.
Hamilton, por sua vez, expressou admiração pelos fãs holandeses e defendeu a manutenção de corridas com grande relevância histórica. “É muito triste perder Zandvoort, especialmente porque o público é incrível. Claro, a maioria está lá por Max (Verstappen), mas no geral, os fãs são o que fazem o esporte ser o que é”, afirmou.
O heptacampeão também criticou a permanência de corridas com baixa presença de público, mas que conseguem arcar com os custos exigidos. “Precisamos garantir que as corridas históricas, como Zandvoort, continuem no calendário. Elas são essenciais para o DNA da categoria”, completou Hamilton.
A saída de Zandvoort reflete um debate maior sobre o equilíbrio entre tradição e expansão comercial no calendário da Fórmula 1. Apesar das críticas, a direção da categoria ainda não indicou se a introdução de um sistema de rodízio entre os circuitos ou outras soluções, serão consideradas para preservar circuitos históricos no futuro.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de Abu Dhabi ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.