Fernando Alonso da Aston Martin lidera um grupo de pilotos insatisfeitos com o que consideram ser um excesso de regulamentação nas disputas roda a roda na Fórmula 1. O tema ganhou força após o toque entre Max Verstappen e Lando Norris no GP da Áustria.
Os comissários da FIA puniram Verstappen com dez segundos por causar a colisão na volta 64. Apesar do incidente, Norris defendeu, durante coletiva de imprensa antes do GP da Inglaterra, uma revisão das regras sobre movimentação durante freadas, algo que ele considera perigoso na pilotagem de Verstappen.
“Evitar acidentes por causa de movimentação na frenagem é importante”, disse Norris. “Precisamos ter cuidado, pois isso pode facilmente causar acidentes. É algo que a FIA precisa ficar atenta. Haverá um limite, e esse limite precisa ser definido de forma mais clara.”
Enquanto Norris pede por regras mais claras, alguns de seus concorrentes gostariam do oposto. Alonso é o principal defensor de menos ‘amarras’.
“Nunca tivemos tantas regras como agora. Não podemos ultrapassar no pit lane, não podemos ir rápido no pit lane, não podemos ir devagar na pista, não podemos fazer basicamente nada”, reclamou o espanhol. “Isso está super regulamentado. Nós, pilotos e equipes, ficamos frustrados. Precisamos encontrar uma solução juntos, não podemos deixar a FIA sozinha nisso. Precisamos propor algo melhor do que as regras atuais”, disse ele.
Carlos Sainz concorda com a opinião do compatriota. Segundo ele, há regras demais para serem consideradas na velocidade frenética de uma corrida. “Se vocês lerem o manual de regras sobre o que fazer para ultrapassar por dentro, o que fazer para defender por dentro, o que fazer para atacar por fora… São tantos detalhes específicos que é difícil de seguir tudo isso a 300 km/h. Não dá para pensar em todas essas regras naquela velocidade. Por mim, não quero mais regras”, acrescentou.
Por outro lado, Verstappen, apontado por Norris como o ‘agressor’ na Áustria, adotou uma postura mais conformada. “Basta olhar para o tamanho do regulamento comparando com dez ou quinze anos atrás. Ele só cresce. É o mundo em que vivemos”, concluiu.
A discórdia entre os pilotos mostra a dificuldade de encontrar um equilíbrio entre disputas emocionantes e segurança na F1. Resta saber se a FIA irá atender ao pedido de alguns pilotos por menos ‘amarras’ ou investirá em um regulamento ainda mais rígido.
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