Foto: Divulgação / Pirelli
Os testes da Fórmula 1 no Bahrein chegaram ao fim após três dias de intensa atividade, marcando a única oportunidade para as equipes trabalharem no desenvolvimento de seus carros antes do início da temporada 2025. Além da evolução dos novos modelos, a Pirelli utilizou os testes para coletar dados importantes sobre o comportamento dos pneus nas condições climáticas inesperadas registradas durante as sessões.
Ao todo, foram 25 horas de pista e 3.896 voltas completadas, o que equivale a mais de 21 mil quilômetros percorridos. O piloto mais rápido do último dia foi George Russell (Mercedes), que registrou 1min29s545 com os pneus C3. Max Verstappen (Red Bull) ficou apenas 0s021 atrás, também com o composto C3. Alex Albon (Williams) terminou em terceiro, mas utilizou os pneus C4 para marcar 1min29s650.
Um dos destaques do dia foi a diversidade entre os pilotos mais velozes, com os oito primeiros representando oito equipes diferentes. Além dos três primeiros, Oscar Piastri (McLaren), Pierre Gasly (Alpine), Lewis Hamilton (Ferrari), Yuki Tsunoda (Racing Bulls) e Esteban Ocon (Haas) completaram o top 8.
No entanto, a volta mais rápida da pré-temporada ficou com Carlos Sainz, que na quinta-feira registrou 1min29s348 pela Williams, repetindo seu desempenho de 2024, quando ainda corria pela Ferrari. Durante os três dias de atividade, três pilotos diferentes lideraram os tempos: Lando Norris (McLaren) no primeiro dia, Sainz no segundo e Russell no último.
Pirelli avalia comportamento dos pneus em clima atípico
Mario Isola, diretor de esportes a motor da Pirelli, destacou que as condições climáticas inesperadas no Bahrein influenciaram diretamente o comportamento dos pneus e a análise dos compostos.
“Nos últimos anos, a Fórmula 1 escolheu este circuito para a pré-temporada porque o clima geralmente é favorável, mas não foi o caso desta vez. Nos primeiros dois dias, as temperaturas estavam muito mais baixas do que o habitual, com ventos fortes afetando os trabalhos das equipes. Isso tornou a interpretação dos dados mais difícil, já que não havia referências anteriores com temperaturas tão baixas neste traçado.”
Entre os compostos mais utilizados, o C3 foi o mais versátil, enquanto o C2 teve um desempenho condizente com as expectativas, se aproximando mais do C3 e se afastando do C1 em termos de aderência e degradação. O C1, por sua vez, enfrentou dificuldades devido às temperaturas frias, comportamento que já era esperado pela fabricante italiana.
Já os compostos mais macios, como C4, C5 e C6, tiveram pouca ou nenhuma utilização. Apenas Ferrari e Williams levaram os pneus mais macios para a pré-temporada, mas os usaram de forma limitada. Como os testes não tiveram voltas rápidas de classificação, não foi possível avaliar completamente a diferença de desempenho entre os compostos.
“Com as temperaturas mais baixas, a degradação dos pneus mais duros foi mínima. No último dia, quando esquentou um pouco, vimos um leve aumento na degradação, mas nada significativo. Agora, voltamos para casa com uma grande quantidade de dados para estudar antes da primeira corrida do ano, na Austrália. Em Melbourne, utilizaremos a mesma escolha de compostos do ano passado, com C3 como duro, C4 como médio e C5 como macio. Será nossa primeira oportunidade real de avaliar os pneus mais macios em condições de corrida.”
Pirelli continua os testes no Bahrein
Apesar do fim da pré-temporada, a Pirelli permanecerá no circuito de Sakhir por mais dois dias, no domingo (2) e na segunda-feira (3) de março, para desenvolver os compostos de 2026. Alpine e Williams participarão dessas sessões, com Paul Aron e Ryo Hirakawa pilotando pela equipe francesa, enquanto Albon e Sainz representarão o time britânico.
Com a pré-temporada encerrada, as equipes agora voltam seu foco para a primeira etapa da temporada 2025, o GP da Austrália, que acontece entre os dias 14 e 16 de março, no circuito de Albert Park, em Melbourne.
This website is unofficial and is not associated in any way with the Formula 1 companies. F1, FORMULA ONE, FORMULA 1, FIA FORMULA ONE WORLD CHAMPIONSHIP, GRAND PRIX and related marks are trade marks of Formula One Licensing B.V.