Desde 2011, a Pirelli tem sido a fornecedora oficial de pneus da Fórmula 1, contribuindo significativamente para a estratégia e a ação nas corridas. Agora, rumores sugerem que a Bridgestone, fabricante de pneus japonês, pode estar de olho em um retorno, o que poderia ameaçar a posição da empresa italiana.
Na última década, a Pirelli tem ampliado suas operações na F1, fornecendo pneus personalizados para categorias de suporte, como a Fórmula 2, a Fórmula 3 e mais recentemente a F1 Academy. Além disso, a Pirelli é um parceiro global da F1, com sua marca sendo amplamente divulgada nas pistas e em eventos selecionados.
O próximo contrato de fornecimento de pneus da F1 será exclusivo de 2025 a 2027, com a opção de extensão por um ano adicional. Segundo a FIA, os pneus devem ter pouca probabilidade de superaquecimento e desgaste, mantendo a medida de 18 polegadas.
Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli, destacou a complexidade crescente do processo de licitação. “Posso dizer que o documento de licitação era muito mais complicado do que no passado, com muitas seções e muitos elementos adicionados em comparação ao último”, explicou Isola.
Um aspecto importante neste contrato é a sustentabilidade, um objetivo-chave para a FIA e a F1, à medida que buscam tornar o Campeonato Mundial neutro em carbono até 2030. A Pirelli já recicla todos os pneus usados em um fim de semana de Grande Prémio, o que equivale a cerca de 40.000 pneus por ano.
A Bridgestone, por outro lado, tem uma vantagem comercial com a propriedade da marca Firestone nos EUA, que fornece pneus para a IndyCar e recentemente introduziu pneus ‘Green Eco’, feitos de materiais sustentáveis.
Embora as negociações ainda estejam em andamento, a Pirelli pode ter uma vantagem caso a proposta de banimento de cobertores de pneus seja aprovada. Se as equipes, a FIA e o titular dos direitos comerciais da F1 concordarem em prosseguir com essa medida após o teste final em Silverstone no próximo mês, isso certamente colocaria a Pirelli à frente nas negociações.
No entanto, apesar das especulações, parece improvável que a Fórmula 1 retorne a ter dois fornecedores principais de pneus, como aconteceu em 2006 com Michelin e Bridgestone. Naquela época, a FIA afirmou que a mudança para um único fornecedor tornaria a F1 “mais segura, justa e menos cara para as equipes”. A Michelin é atualmente o único fabricante que declarou publicamente que retornaria se estivesse competindo contra outro fornecedor.