O chefe da Pirelli na Fórmula 1, Mario Isola, afirmou que não há evidências de que equipes estejam utilizando pneus resfriados com água, para melhorar o desempenho em corridas. A declaração foi feita após a Red Bull Racing sugerir à FIA que investigasse a possível prática da McLaren e outros times, de usar água para dissipar o calor dos pneus, aumentando assim sua durabilidade.
A polêmica se soma a uma série de disputas técnicas recentes entre as equipes que disputam o topo do campeonato. No GP dos EUA, por exemplo, surgiram alegações sobre um dispositivo da Red Bull que ajustaria a altura da frente do carro em condições de ‘Parque Fechado’, algo que violaria as regras se fosse comprovado. Isola esclareceu que, do ponto de vista da Pirelli, não há sinais no banco de dados que indiquem o uso de água para resfriamento dos pneus.
“Seguimos as indicações da FIA e estamos prontos para apoiá-los em qualquer análise. Acreditamos que é necessário ter evidências claras para uma questão como essa, e atualmente não temos nenhuma,” disse Isola para a imprensa. Segundo ele, qualquer modificação nos pneus após o fornecimento com ar seco é proibida por diretiva técnica.
Isola também detalhou como o método de resfriamento com água funcionaria na prática. “O procedimento é simples: introduzir água através de uma válvula, o que criaria um efeito térmico de transferência de calor entre o pneu e a roda, o que poderia reduzir a degradação. Porém, isso comprometeria o controle da pressão,” afirmou o chefe da Pirelli.
Apesar de compreender a teoria por trás da técnica, Isola afirmou que desconhece qualquer caso comprovado do uso de água nos pneus e destacou que qualquer decisão cabe à FIA, oferecendo apoio técnico se solicitado. “O resto está nas mãos da FIA, e nós os apoiamos no que precisarem”, finalizou o chefe da Pirelli.