“F1 precisa continuar sendo o topo do automobilismo em 2026”, disse chefe da Williams

James Vowles, chefe da Williams, reforçou a importância da Fórmula 1 se manter como a categoria líder do automobilismo mundial, após a implementação dos novos regulamentos de motores e chassis em 2026.

As regras do chassi, reveladas antes do GP do Canadá, trouxeram conceitos como os modos X e Z, que introduzirão aerodinâmica ativa na asa dianteira e traseira dos carros.

Mesmo sendo necessários para equilibrar o aumento da potência híbrida, esses mecanismos buscam manter as altas velocidades e downforce suficiente para as curvas velozes. No entanto, há receio de que a direção tomada aumente demais o tempo de volta, aproximando a F1 de outras categorias como Super Formula, IndyCar e até mesmo a F2.

Vowles defende que a F1 precisa se resguardar contra esse cenário: “É fundamental que continuemos sendo a categoria líder do automobilismo”, disse ele ao site RacingNews365. “É assim que eu vejo a F1. Somos o topo. E portanto, precisamos garantir que mantenhamos o desempenho e a velocidade que temos. No momento, acho que Andrea (Stella, chefe da McLaren) resumiu bem a questão, há um desequilíbrio fundamental.”

É pouco provável que a F1 se torne mais lenta que a F2, e a FIA admite a possibilidade de ajustes no regulamento do chassi. Já as regras dos motores, por serem acordos firmados entre as equipes, exigiriam maior consenso para modificações.

Mesmo que a diferença de performance entre a F1 e a F2 diminua para poucos segundos, Vowles acredita que uma solução melhor será encontrada. “A diferença para um carro da F2 poderia ser de apenas alguns segundos. E isso começa a ficar um pouco preocupante, especialmente quando comparado a outras categorias ao redor do mundo”, disse ele.

“Mas como Andrea mencionou, essas são regras preliminares, e só nesta semana, na verdade, já ocorreram duas mudanças que retiraram um pouco de downforce. Estou confiante de que chegaremos a uma solução melhor. Não estamos tão longe assim, mas é preciso um pouco mais de trabalho”, finalizou Vowles.