O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, enviou uma carta às equipes da Fórmula 1, onde informa que não terá mais contato direto com as equipes, e irá cuidar da parte estratégica da organização, sem interferências na F1.
Ben Sulayem e a F1 não estão exatamente de acordo em alguns tópicos, como possíveis novas equipes e rumores de venda da categoria, enquanto a FIA também irritou vários pilotos, com a proibição de fazer declarações políticas sem uma autorização prévia.
Mas a F1 não vai mais lidar com Ben Sulayem como primeiro ponto de contato, com ele afirmando na referida carta, que está abrindo mão do controle prático da categoria.
A eleição de Ben Sulayem como presidente da FIA, veio com sua promessa de que ele assumiria um papel mais distante quando se tratasse de seu envolvimento na Fórmula 1. Mas na prática, ele utilizou diversas vezes as mídias sociais como uma válvula de escape para suas opiniões, causando um pouco de confusão recentemente, quando descreveu uma suposta aquisição da Fórmula 1 por US$ 20 bilhões como um ‘preço inflado sendo colocado na F1’.
Ele também usou essa plataforma para expressar sua decepção com a recepção fria da Fórmula 1 ao interesse da General Motors, através de sua marca Cadillac, em entrar na categoria lado da equipe Andretti.
A carta de Ben Sulayem, que aparentemente foi enviada aos chefes de equipe na tarde de segunda-feira, diz, de acordo com o britânico Sportsmail: “Meu objetivo declarado era ser um presidente não executivo por meio do recrutamento de uma equipe de gerentes profissionais, que já foi amplamente concluída”.
“Portanto, daqui para frente, seu contato diário para todos os assuntos da F1 será com Nikolas (Tombazis, diretor de monopostos) e sua equipe, enquanto eu focarei em questões estratégicas com minha equipe de liderança.”
O Sportsmail também cita uma declaração da FIA que diz: “O manifesto do presidente definiu claramente este plano antes de ser eleito, pois ele prometia a nomeação de um CEO da FIA, para fornecer uma operação integrada e alinhada, bem como introduzir um estrutura de governança revisada sob uma equipe de liderança focada em transparência, democracia e crescimento”.
“Essas metas, assim como o anúncio da nova estrutura do departamento de monopostos, foram planejadas desde o início desta presidência. O presidente da FIA tem um amplo mandato que cobre a amplitude do esporte a motor global e da mobilidade, e agora que a reorganização estrutural na Fórmula 1 está completa, este é um próximo passo natural”, encerra o comunicado.