O calendário da temporada 2024 da Fórmula 1 foi um ponto de longos debates. Inclusive, Marc Priestley, antigo mecânico da McLaren, apontou como rodadas triplas como a do final do ano foram estressantes para os trabalhadores.
O campeonato foi o maior da história da categoria. Foram 24 etapas totais e nas últimas sete semanas do calendário, houve duas rodadas triplas – Estados Unidos, México, Brasil, uma semana de descanso e aí Las Vegas, Catar e Abu Dhabi.
Enquanto os pilotos têm uma vida mais ‘tranquila’ podendo voltar para suas casas assim que a prova termina, há trabalhadores nas equipes responsáveis pelas desmontagens e montagens das garagens, o que os deixa com cronograma apertado.
Portanto, pensando nisso, Marc apontou que tantas datas não podem continuar assim, já que pode levar os funcionários à fatiga, cansaço e, consequentemente, causar acidentes.
“A última rodada tripla foi brutal, especialmente na temporada mais longa da história do esporte, ir de Las Vegas ao Catar em questão de dias foi muito difícil. As diferenças de fuso horário e as mudanças ambientais têm um grande impacto. Você pode pensar que há uma semana inteira entre as corridas, mas os trabalhadores terminam a corrida no domingo e então têm de montar sua garagem no próximo local na terça-feira”, falou.
“Não pode ser sustentado para sempre, mais cedo ou mais tarde acidentes acontecerão devido a equipes cansadas ou inaptas, e então algo será mudado”, encerrou.