A penalidade de tempo recebida por Fernando Alonso no GP da Austrália de Fórmula 1, continua sendo um tema quente entre os pilotos antes da corrida no Japão.
Lance Stroll, companheiro de equipe de Alonso na Aston Martin, destacou as táticas de DRS que os pilotos às vezes usam para criticar a punição ‘ridícula’ aplicada ao espanhol.
Os comissários deram a Alonso uma penalidade que o obrigaria a passar pelo pit lane, mas como a corrida já havia acabado, a penalização foi convertida em uma perda de tempo de 20 segundos, além de três pontos na superlicença, pela manobra na penúltima volta da corrida, na curva 6 contra o Mercedes de George Russell, que acabou batendo forte na barreira de proteção.
Foi constatado que Alonso freou bruscamente seu carro 100 metros antes do que havia feito na volta anterior, antes de acelerar novamente. Os comissários consideraram a ação como ‘potencialmente perigosa’.
Russell acabou batendo forte na barreira, que jogou o W15 de volta para o meio da pista, onde ficou atravessado e tombado de lado, na linha do traçado do circuito. O piloto britânico acredita que a Fórmula 1 corria o risco de abrir uma ‘caixa de pandora’ se Alonso não fosse punido.
Stroll citou as táticas de detecção de DRS que alguns pilotos costumam usar para garantir que um rival esteja à frente na linha de chegada, como aconteceu entre Charles Leclerc e Max Verstappen no GP da Arábia Saudita de 2022.
“Para ser honesto, achei ridículo. Não acho que ele (Alonso) tenha feito nenhuma besteira”, disse Stroll à imprensa. “Ele estava apenas preparando a saída da curva, e para mim, foi ridículo receber uma punição por um incidente que nem sequer envolveu contato entre os carros.”
“Essa punição, no geral, foi meio que uma piada. Onde você traça a linha entre pilotar desnecessariamente devagar e apenas ser tático? Já houve casos no passado em que pilotos diminuíram a velocidade para tentar obter o DRS, ou o DRS foi dado a eles, e esses pilotos não receberam penalidades”, acrescentou.
Stroll também questionou a tradição atual na F1 de ‘levantar e flutuar’ em uma corrida. Ele acrescentou: “Se você freou 500 metros antes de entrar em uma curva, isso significa que está pilotando desnecessariamente devagar? Qual é o limite para isso? Estamos tendo que fazer todas essas coisas de qualquer maneira, pelos pneus e pelo combustível, e se me perguntarem, Fernando deu uma grande freada e seguiu em frente.”
“Os pneus também ficam muito complicados no final da corrida, e você quer ter uma boa saída daquela curva, e não é como se ele tivesse freado e George tivesse batido nele. George não bateu na traseira dele. Infelizmente, ele perdeu carga aerodinâmica, teve um problema, mas isso é automobilismo”, encerrou o canadense.