Uma das palavras que podem definir a temporada passada da Ferrari é “erro”, ou melhor, “erros”. O time de Maranello nunca cometeu tantos equívocos como em 2022, seja na estratégia, na ação do pit-stop, ou dos próprios pilotos na pista.
Tantos tropeços caíram na conta de Mattia Binotto, que após quase três décadas ao lado da Ferrari, sendo quatro como chefe de equipe, resolveu deixar o time. Como forma de tentar contornar os problemas, Frederic Vasseur foi o escolhido para substituir Binotto.
Atuando ao lado da escuderia italiana, Vasseur apontou que já está procurando identificar as origens das falhas para assim resolvê-las. ”Estou tentando entender exatamente o que aconteceu em cada erro no ano passado e tentar identificar se é uma questão de decisão, de organização, de comunicação”, explicou à BBC.
”Muitas vezes, no pit wall, o maior problema é a comunicação e o número de pessoas envolvidas do que os indivíduos em si. Se você colocar muitas pessoas discutindo sobre as mesmas coisas, quando você tiver o resultado da discussão, o carro estará na próxima volta. Você só precisa ter um fluxo claro de discussão e comunicação entre as pessoas boas na posição certa’, destacou Vasseur.
Além disso, o francês pretende impor uma política divergente de seu antecessor, na qual a responsabilização dos atos era coletiva. Agora, quem errar pode ser afastado da função.
”Confio nos caras que estão nos cargos e vou tentar colocá-los na melhor posição para fazer o melhor trabalho. Depois de algumas semanas ou meses, será hora de agir se não estiver funcionando”, finalizou o chefe da Ferrari.