A disputa entre Red Bull e McLaren no topo do Mundial de Fórmula 1 parece se intensificar cada vez mais, com as equipes levantando acusações e buscando explorar o regulamento ao máximo. Após as recentes acusações envolvendo a suposta flexibilidade do flap da asa traseira da McLaren e o sistema de ajuste de altura no assoalho do carro da Red Bull, um novo ponto de controvérsia surgiu no paddock do GP de São Paulo.
Desta vez, segundo a revista alemã ‘Auto Motor und Sport’, a Red Bull acusa a McLaren, junto com outras equipes, de injetar pequenas quantidades de água nos pneus para ajudar no resfriamento interno durante longas corridas. A prática, se confirmada, teria como objetivo manter os pneus em uma faixa de temperatura mais controlada, reduzindo o desgaste e melhorando o desempenho em stints longos.
Segundo a Red Bull, o método envolveria a inserção de água através das válvulas dos pneus, o que teoricamente permitiria um resfriamento prolongado ao longo da corrida. Apesar das alegações, a FIA já iniciou uma investigação sobre o caso, mas até agora não encontrou qualquer indício de irregularidade nas inspeções realizadas nas últimas etapas em Austin e na Cidade do México.
A FIA e a Pirelli, fornecedora de pneus da categoria, ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto. No entanto, nos bastidores, acredita-se que a entidade esteja tratando o caso como mais um “tempestade em copo d’água”. Isso se deve às dificuldades técnicas e logísticas para a realização do suposto truque sem que as autoridades percebam.
O processo de controle de pneus e rodas na Fórmula 1 é rigoroso. As rodas e os pneus são codificados e distribuídos aleatoriamente pela FIA entre as equipes, com o processo de montagem e desmontagem dos pneus realizado apenas pelos técnicos da Pirelli. Uma vez instalados, as equipes não têm ferramentas nem permissão para manipular os pneus nas rodas novamente, e a única forma de injeção de qualquer substância seria pelo acesso das válvulas – uma tarefa extremamente arriscada e complexa sob o intenso monitoramento dos engenheiros e fiscais.
As acusações, no entanto, não são inteiramente novas. Há rumores de que, em anos anteriores, a própria Red Bull teria explorado a possibilidade de resfriamento dos pneus com água, quando tal prática ainda não era explicitamente proibida. Com a posterior proibição pela FIA, a ideia teria sido descartada. Agora, a equipe suspeita que antigos funcionários, hoje em outros times, possam ter resgatado e aprimorado a técnica para possíveis ganhos de desempenho.
Esse episódio adiciona mais uma camada de tensão à rivalidade entre McLaren e Red Bull nesta reta final do campeonato, onde cada detalhe, por menor que seja, pode fazer diferença no resultado.
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