A Red Bull Racing optou pela continuidade ao renovar o contrato de Sergio Perez por mais duas temporadas. A decisão consolida a dupla Verstappen-Perez como a mais longeva da história da equipe, superando os cinco anos de Sebastian Vettel e Mark Webber.
De qualquer forma, a Red Bull parece manter uma estrutura interna com papéis bem definidos. Enquanto Verstappen acumula vitórias e títulos, Perez cumpre o papel de ‘número 2’, auxiliando o companheiro de equipe na conquista do campeonato de construtores.
Essa estratégia levanta questionamentos. A diferença de performance entre os pilotos é considerável, como mostram todas as estatísticas. Perez não venceu uma corrida nos últimos doze meses, período em que Verstappen conquistou vinte vitórias.
Há semelhanças entre a dupla atual da Red Bull e a dominante era Vettel-Webber. Ambas as parcerias contam com um piloto jovem e talentoso acumulando pódios e títulos, ao lado de um piloto experiente, mas que assume um papel de apoio.
No entanto, o histórico de duplas de ‘dois alphas’ na Fórmula 1 gera receio. A Red Bull sabe das tensões que surgiram entre Vettel e Webber, e Christian Horner já descartou anteriormente a ideia de repetir a rivalidade de Ayrton Senna e Alain Prost na McLaren nos anos 80.
Essa estabilidade pode ser importante para a Red Bull segurar Verstappen na equipe e tentar conquistar mais títulos, no entanto, a aposta em uma dupla com performances tão diferentes pode fragilizar a equipe na luta pelo campeonato de construtores, especialmente considerando a recente recuperação da Ferrari e da McLaren.