F1: Red Bull usa truque antigo para ganhos de desempenho de velocidade máxima

O chassi da Red Bull é um dos que permite ser colocado mais próximo do chão e comparação ao das outras equipes. Isso explica seu alto desempenho nas retas este ano. No início do ano, era a Ferrari quem parecia estar com a vantagem. Porém, logo depois foi ultrapassada pela Red Bull e agora a líder de ambos os campeonatos, construtores e pilotos, possui 137 e 104 pontos de vantagem, respectivamente. Assim, a equipe austríaca provou ter o melhor carro do grid.

Entretanto, esse desempenho não veio sem trabalho duro. Há alguns meses, tanto a Ferrari quanto a Red Bull foram acusadas de terem assoalhos flexíveis demais, algo que foi mudado pela FIA após as férias de verão. Agora, surgiu um relatório revelando que a maneira como o assoalho do RB18 se comporta, tem parte no sucesso de performance.

A suspensão ativa foi banida da F1 em 1994. Porém, a equipe austríaca achou uma maneira de simular o efeito dela através do uso de amortecedores e molas convencionais. De acordo com o relatório, um engenheiro da Mercedes disse à AMuS que “o Red Bull tem a maior distância do solo na traseira quando parado e a menor em alta velocidade”.

“Fazer algo assim com um chassi convencional ocupa espaço e peso. Não tínhamos nenhum dos dois.”

Essa pode ser uma das razões pela qual a Red Bull lutou com o peso do RB18 desde o início da temporada. Ainda no começo do ano, era reportado que o carro dos austríacos pesava dez quilos a mais do que o mínimo, o que mudou ao longo do ano, já que ele ficou mais leve. No entanto, continua sendo um dos carros mais pesados do grid.

Em termos de velocidade máxima, a Red Bull foi a equipe que chegou as maiores velocidades em 2022. Considerando que sempre correm na frente, portanto não podem usar o DRS, este é um aspecto muito importante. Apenas a Williams se mantém parecida, porém eles possuem a menor pressão aerodinâmica do pelotão, enquanto a equipe de Milton Keynes tem a maior.

Max Verstappen foi o piloto mais rápido em Singapura. A Red Bull foi entre 5,5 e 7,9 km/h mais rápida do que a Ferrari, e entre 4,8 e 6,7 km/h mais rápida do que a Mercedes. Sebastian Vettel, da Aston Martin, percebeu isso dizendo que “você não pode se defender contra a Red Bull”.

“Ela abre a asa e passa por você voando.”

Charles Leclerc, da Ferrari, disse algo semelhante: “Não se trata apenas de aerodinâmica, há algo mecânico por trás disso.”

Em agosto, surgiram rumores de que a Red Bull estaria produzindo um chassi mais leve para as cinco corridas finais da temporada de 2022, porém com o limite de custos, isso pode não se concretizar até 2023.