O futuro de Daniel Ricciardo na F1 continua a ser um tema de grande interesse. O piloto australiano de 35 anos tem sido sincero sobre sua situação na equipe Red Bull e os desafios que enfrenta com a crescente pressão dos jovens pilotos da academia da equipe.
Ricciardo afirmou que ainda não está “pronto para entregar” sua vaga na F1 para um piloto júnior da Red Bull. No entanto, ele admite que não se sentiria “confortável” apenas “ocupando” seu assento na RB: “No dia em que eu sentir que estou ocupando um assento que não posso preencher, não vou me sentir confortável comigo mesmo. Eu não vou querer estar aqui,” disse Ricciardo.
Ricciardo teve um início de temporada lento, mas conseguiu recuperar sua forma e agora está competindo de maneira mais equilibrada com seu companheiro de equipe, Yuki Tsunoda. Apesar disso, a presença de jovens talentos como Liam Lawson, que impressionou na temporada passada ao substituir Ricciardo por cinco rodadas durante sua recuperação de uma lesão, continua a representar uma ameaça.
A Red Bull já confirmou que suas formações de pilotos permanecerão inalteradas pelo resto de 2024, mas as dúvidas sobre o futuro a longo prazo de Ricciardo persistem.
O consultor da Red Bull, Helmut Marko, tem defendido que a equipe volte às suas raízes como uma equipe júnior, aumentando a pressão sobre pilotos mais experientes como Ricciardo e Sergio Perez. Além de Lawson, Isack Hadjar, de 19 anos, está liderando o campeonato de pilotos da F2, e Arvid Lindblad, de 16 anos, está se destacando na F3, ambos pressionando por uma vaga na F1.
Ricciardo, apesar de brincar que parece mais jovem depois de se barbear, reconhece que não se encaixa mais no perfil de uma equipe júnior. “Olha, eu também sei como é ser um júnior, e um jovem que está com fome e quer essa chance de entrar no esporte. Não quero impedir alguém de ter sua chance. Respeito muito a jornada. Mas, igualmente, não sinto que estou nesse lugar. E no dia em que eu sentir, provavelmente falarei abertamente sobre isso,” disse ele.
Antes do Grande Prêmio do Canadá, onde Ricciardo conseguiu sua primeira chegada entre os 10 primeiros em uma corrida completa no ano, ele foi superado por Tsunoda 19 pontos a cinco. No entanto, desde então, o australiano tem mostrado sinais de recuperação, superando Tsunoda sete pontos a três.
Após uma difícil passagem pela McLaren, onde foi superado por Lando Norris, Ricciardo foi resgatado pela Red Bull, que deu uma nova chance ao contratá-lo como terceiro piloto e promovê-lo de volta a um assento de corrida.
Ricciardo está ciente de que essa pode ser sua última oportunidade na F1: “E olha, se meus resultados forem uma droga e o que for, então que seja e isso vai acontecer, mas pessoalmente não sinto que estou lá ainda,” disse ele.