George Russell questionou a eficácia do teto de gastos na Fórmula 1 para tentar equilibrar a competição. O piloto da Mercedes acredita que as regras atuais, incluindo a limitação de tempo em túnel de vento, não estão sendo suficientes para conter o domínio da Red Bull Racing.
Implementado em 2021, o teto de gastos limita o quanto cada equipe pode gastar por ano, teoricamente possibilitando que times menores alcancem as potências como Red Bull, Mercedes e Ferrari. Além disso, a temporada 2022 trouxe uma escala móvel para o tempo de uso do túnel de vento e CFD (dinâmica dos fluidos computacional), com o time campeão recebendo menos tempo e os últimos colocados tendo mais tempo disponível.
Apesar dessas medidas, a Red Bull venceu 42 das últimas 50 corridas desde a implementação das regras de efeito solo, sendo 38 delas conquistadas por Max Verstappen. A Mercedes, força dominante nos últimos anos, soma apenas uma vitória com Russell no GP de São Paulo de 2022, e segue com dificuldades para alcançar a Red Bull.
Diante desse cenário, Russell defende regras ainda mais rígidas. “As mudanças que estamos vendo no regulamento com o teto de gastos e o tempo de túnel de vento vão aproximar o grid, mas será que precisa ser mais agressivo?”, questionou o piloto. “Não sei, porque no momento, ninguém está alcançando a Red Bull nem com essas restrições. Precisamos nos concentrar em nós mesmos e continuar fazendo o melhor trabalho possível. Precisamos tentar subir no grid, mas também ser realistas, pois a Red Bull está muito à frente de todos, e pode ser que só em 2026 eles tenham um verdadeiro desafio pelo título”, acrescentou.
O domínio da Red Bull se encaixa em um padrão histórico da Fórmula 1. Desde 2010, o campeonato é conquistado por Red Bull ou Mercedes, com apenas quatro campeões diferentes: Sebastian Vettel, Lewis Hamilton, Nico Rosberg e Max Verstappen.
“Quando você entra em uma equipe como a Mercedes, todos nós estamos aqui para vencer, e o mesmo vale para a Ferrari e a McLaren”, disse Russell. “Era o mesmo para a Red Bull durante a era de domínio da Mercedes, e infelizmente, esta é a Fórmula 1. Você sempre vê um domínio. Se olharmos para trinta anos atrás, a Williams dominava, a McLaren dominava, depois foi a Ferrari, depois a Red Bull e depois a Mercedes”, completou o piloto britânico.
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