Apesar de ter sido desclassificado no GP da Bélgica de Fórmula 1 este ano, depois de ter vencido a corrida, George Russell afirma que guarda todas as sensações positivas de uma das corridas mais fortes de sua carreira.
O piloto britânico conquistou sua terceira vitória na F1 em Spa, mas perdeu o triunfo poucas horas depois, quando seu Mercedes W15 foi considerado 1,5 kg abaixo do peso mínimo permitido.
A desclassificação de Russell veio logo após ele ter pilotado em uma de suas melhores corridas, optando por uma estratégia de parada única contra o que preferiu a maioria, que optou por duas trocas de pneus.
Com a degradação dos pneus menos severa do que o esperado, Russell conseguiu levar seu carro até a vitória, suportando a pressão de Lewis Hamilton e Oscar Piastri no final da prova, que vinham com pneus bem mais novos.
Mesmo com Hamilton e Piastri colados em sua traseira nas voltas finais, Russell os segurou o suficiente para cruzar a linha de chegada em primeiro, mas perdeu a vitória devido ao peso mais leve do carro, uma consequência de vários fatores, como ele explicou nesta quinta-feira em Zandvoort.
“Sim, absolutamente”, disse ele à imprensa, quando questionado sobre sua confiança na capacidade da Mercedes em resolver os problemas que levaram à sua desclassificação. “Claramente, não fizemos um trabalho bom o suficiente, mas foi apenas uma série de fatores se juntando, onde meio que excedemos nossas expectativas de quanto peso perderíamos, inclusive eu mesmo.”
“Perdi um pouco mais de peso durante a corrida do que pensávamos. Os pneus se desgastaram muito mais do que esperávamos. A prancha estava desgastando mais do que esperávamos, e são apenas esses três ou quatro fatores se juntando e nos empurrando para o limite”, disse ele.
Apesar do erro, que só ocorreu em seu lado da garagem, dando a vitória a Hamilton, Russell disse que não pressionará a equipe por mais cautela.
“Há muito tempo que venho pressionando a equipe para continuar ultrapassando os limites”, disse ele. “Se você pegar margem em tudo o que faz, nunca será desclassificado, nunca cometerá um erro ao pilotar e nunca rodará. Mas você nunca saberá qual é o verdadeiro potencial. Claro, é muito frustrante que a única vez em três anos que estivemos um pouco abaixo do limite de peso foi na corrida que venci. Mas não há ressentimentos, porque estamos juntos nisso, e isso nos tornará mais fortes para o futuro. Naquela corrida, perdi 25 pontos, mas na minha mente, ainda é uma vitória”, finalizou o piloto britânico.
O F1MANIA.NET acompanha o GP da Holanda ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.
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