O diretor da Associação de Pilotos de Grande Prêmio (GPDA), George Russell, pediu maior transparência da FIA após a saída de duas figuras importantes da entidade. A demissão de Janette Tan, diretora de provas da Fórmula 2, e do comissário líder, Tim Mayer, levantou preocupações entre os pilotos da Fórmula 1, especialmente em um momento de pedidos por mais consistência nas decisões do órgão regulador.
Russell afirmou ter descoberto as mudanças apenas pela imprensa, apontando a falta de comunicação da FIA. “Estamos pedindo mais transparência e consistência, mas acabamos de perder duas pessoas fundamentais”, disse o piloto da Mercedes.
A saída de Mayer teria sido resultado de um desentendimento com o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, em relação à invasão de pista no GP dos EUA. Enquanto isso, Tan já estava programada para comandar as etapas finais da F2, mas sua demissão forçou Rui Marques, diretor de provas da F1, a assumir responsabilidades adicionais, fazendo a direção de prova nas duas categorias neste final de semana no Catar e muito provavelmente em Abu Dhabi também.
Essas mudanças recentes se somam à demissão de Niels Wittich, ex-diretor de provas da F1, que já havia gerado questionamentos. Para Russell, a instabilidade na equipe da FIA, pode prejudicar o trabalho de todos. “Se há tantas mudanças, isso não cria um ambiente estável. É desafiador para qualquer organização, especialmente para a FIA”, acrescentou.
Além das saídas mais recentes, a FIA enfrentou diversas baixas nos últimos meses, incluindo a saída de Natalie Robyn, sua primeira CEO, em maio, e de outros nomes de peso, como Steve Nielsen e Tim Goss.
Russell expressou preocupação sobre o impacto dessas mudanças no crescimento da Fórmula 1, que vive um momento de expansão sob o comando da Liberty Media. “A única preocupação é garantir que a categoria continue evoluindo. Espero que essas mudanças não tenham um impacto negativo”, concluiu o britânico.