Depois do que foi um GP do Japão marcado por muita chuva e caos, George Russell criticou a estratégia da Mercedes, acreditando que sua escolha de parar foi “a pior decisão que já tomamos”. A corrida em Suzuka, que estava marcada para as 2 horas da manhã do horário de Brasília, logo teve bandeira vermelha e precisou ser parado. As atividades de pista só foram voltar às 4 horas e 20 minutos, tendo apenas 40 minutos de corrida.
A crítica de Russell veio pois, ele estava em P6 atrás de seu companheiro de equipe, Lewis Hamilton, quando as equipes começaram a ir para os boxes e trocar os pneus de chuva pesada para os intermediários, conforme as condições de pista foram melhorando. Quando a Mercedes decidiu por uma parada dupla, Russell acabou saindo pior porque precisou esperar os pneus de Hamilton serem trocados.
O atraso o prejudicou, e o britânico acabou perdendo posições no grid, voltando em P14. Durante a corrida, ele falou no rádio da equipe, reclamando da decisão, ele disse que “foi a pior decisão de já tomamos”. Em entrevista ao F1.com, ele afirma que poderia ter lutado pelo P5.
“Precisamos revisar o que aconteceu. Eu estava logo atrás de Lewis e o pit stop duplo, eu perdi todas as posições.
“Sem muito mais a dizer, muito frustrante. Eu provavelmente teria lutado pelo P5.
“Foi legal lá, fizemos algumas boas ultrapassagens, mas precisamos nos sentar com a equipe e ver o que poderíamos ter feito melhor. Isso provavelmente não era a coisa certa a se fazer no momento.”
A Mercedes teria tomado a decisão depois que Sebastian Vettel, da Aston Martin, e Nicholas Latifi, da Williams, trocaram pneus de chuva pesada pelos intermediários uma volta antes e terminaram na zona de pontuação. Antes da relargada, o início da corrida foi complicado, dando bandeira vermelha depois que Carlos Sainz, da Ferrari, escorregou e bateu nas barreiras, e Alex Albon, da Williams, também acabou escapando da pista.
George pediu aos organizadores de Suzuka que fizessem melhorias na pista e disse que os pontos que criam poças existem há anos. “A aderência estava boa, mas o problema é que não conseguíamos ver nada. O spray era muito ruim.
“Você não sabia onde estavam os pilotos, não sabia onde estavam as poças, onde estavam os rios. Então foi literalmente apenas a visibilidade.
“Não sei se esses carros novos trazem mais spray. Obviamente, houve muito mais melhorias nas corridas, talvez seja uma das desvantagens, quem sabe?
“Mas com certeza os rios aqui no circuito de Suzuka precisam ser melhorados porque eles são exatamente os mesmos que têm sido há cerca de quatro ou cinco anos nos mesmos pontos.”
Devido ao abandono de Carlos Sainz, da Ferrari, Russell manteve o P4 na classificação do mundial de pilotos, cinco pontos à frente do espanhol.