O piloto da Mercedes, George Russell, acredita que as novas regulações da Fórmula 1 para 2026, podem levar a existir apenas uma equipe dominante na categoria.
As novas regras aerodinâmicas e de motor entrarão em vigor em apenas dezesseis meses, marcando uma nova era para a F1. As equipes estão livres para explorar diferentes variações dentro das regulações para construir seus novos carros, o que provavelmente levará a vários conceitos diferentes sendo apresentados em 2026.
Em 2014, a Mercedes ocupou uma posição dominante clara sobre o resto do grid, quando foram introduzidos novos motores e regulamentos de carros.
Quando questionado sobre a possibilidade de tal cenário acontecer novamente, Russell respondeu: “Acho que essa é uma probabilidade muito alta, na verdade. Quando você olha para o impacto que uma nova regulamentação de chassi tem no grid, se você combinar isso com um novo motor também, falando em probabilidade, não há como três ou quatro fabricantes de motores diferentes e dez equipes diferentes desenvolverem um carro e um motor dentro de meio segundo. Não vai acontecer. Com o desenvolvimento, às vezes, você tem que voltar para ir para frente e 2026 será para frente em tantas maneiras de tecnologia e inovação sustentável, mas provavelmente as corridas serão prejudicadas”, disse ele.
Uma sugestão que já foi feita anteriormente, é manter o mesmo conjunto de regulamentos em vigor por um período mais longo.
Russell afirmou que há um perigo de garantir que o grid seja competitivo, tirando a participação dos fabricantes.
“Por que a F1 é tão maior e mais bem-sucedida do que a IndyCar? A Indy tem os mesmos carros, dois motores que são muito competitivos, e eles não mudam as regras com tanta frequência.”, afirmou Russell.
“As corridas na Indy são bastante boas e emocionantes, mas a audiência não está lá. Acho que marcas e pessoas adoram vir à pista e usar um boné da Mercedes, um chapéu da Ferrari. Se entrarmos em algo onde um fabricante não pode fazer a diferença e você se concentrar exclusivamente nas corridas, um fabricante top não está no topo, o que esse fabricante vai pensar daqui a dez anos? Se os fabricantes saírem, os fãs podem seguir. É uma verdadeira espada de dois gumes. Precisamos encontrar um jeito no futuro. Mas essa ‘bala mágica’ ainda não está aí”, encerrou o piloto britânico.
O F1MANIA.NET acompanha ‘in loco’ todas as atividades do GP da Itália com o jornalista Rodrigo França.
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