O piloto da Ferrari, Carlos Sainz, acredita que os carros 2023 da Fórmula 1, estão começando a se parecer com seus antecessores, pois seguir outros carros está se tornando uma ‘limitação’ no desempenho.
Sainz foi ultrapassado na primeira volta depois de um movimento corajoso de Lance Stroll, da Aston Martin, que passou por fora na curva 13 inclinada em Jeddah, e o espanhol enfrentou uma tarefa difícil para tentar se recuperar na corrida.
Ele foi incapaz de alcançar Stroll, com o canadense conseguindo manter Sainz afastado, e o piloto da Ferrari explicou que desgastou muito seus pneus em seu primeiro stint, enquanto procurava uma maneira de alcançar o canadense antes de seu abandono, e ele acha que os carros de 2023 agora são mais difíceis de seguir novamente.
A redefinição do regulamento em 2022 foi feita com um foco significativo na melhoria das capacidades de acompanhamento dos carros, com a mudança para a aerodinâmica do efeito solo trazida para ajudar os pilotos a seguirem uns aos outros, e não perderem tanto downforce com o ar turbulento do carro à frente, como era com os carros até 2021.
O número de ultrapassagens aumentou em 2022 em comparação com a temporada de 2021, mas o piloto da Ferrari está preocupado que as melhorias no downforce nos carros deste ano, possam estar fazendo o problema do ‘ar sujo’ ressurgir novamente.
“Provavelmente paguei o preço durante o primeiro stint com os pneus, porque queria ultrapassar Stroll, mas no final paguei o preço do desgaste”, disse Sainz à Sky Sports F1 após a corrida em Jeddah.
“Esses carros ficaram um pouco piores no ar sujo, em comparação com o ano passado, provavelmente por causa de mais downforce. Eles estão começando a ficar um pouco como os carros antigos, e o ar sujo está se tornando uma limitação”, afirmou Sainz.
O espanhol acabou em sexto na corrida em Jeddah, enquanto o companheiro de equipe na Ferrari, Charles Leclerc, voltou para casa em sétimo, se recuperando depois que perdeu 10 posições no grid de largada, que o deixou em 12º no início da corrida.