A Haas está determinada a evitar que os problemas vividos na temporada 2021 da Fórmula 1, se repitam com sua nova dupla de pilotos em 2025. Com o britânico Oliver Bearman e o francês Esteban Ocon assumindo os volantes, o chefe da equipe, Ayao Komatsu, deixou claro que a convivência entre os dois precisa ser harmoniosa e produtiva, sem espaço para conflitos ou incidentes como os ocorridos no passado.
O ano de 2021 foi marcado por uma série de dificuldades para a Haas, que terminou o ano sem pontuar. Além do fraco desempenho, os então pilotos do time, Mick Schumacher e Nikita Mazepin, protagonizaram momentos tensos nas pistas, como no GP do Azerbaijão, onde quase colidiram. Komatsu, que já integrava a equipe na época, mas ainda não era o chefe do time, afirmou que essa situação não pode se repetir. “Se você tiver que voltar àquela combinação de pilotos, basicamente estará em apuros”, disse ele.
No entanto, o chefe de equipe acredita que a nova dupla de pilotos trará um ambiente mais positivo e competitivo. “Não acho que voltaremos a 2021. Sério”, afirmou Komatsu. “Se olharmos para como operamos no ano passado e como podemos melhorar como equipe, o que fizemos bem e o que poderíamos ter feito melhor, podemos levar esse aprendizado para este ano. Então, não olho tão longe quanto 2021.”
Komatsu destacou que Bearman, apesar de ser um novato na F1, não será tratado como tal. “É engraçado dizer que Ollie é um estreante, mas não o trato como um, no sentido de que ele pode pilotar muito, e com esses jovens engenheiros, eles podem crescer juntos”, acrescentou.
Para garantir um bom relacionamento entre Bearman e Ocon, a Haas estabeleceu regras claras de convivência desde o início. “As regras de engajamento precisam ser totalmente claras desde o primeiro dia. Isso será esclarecido antes da primeira corrida. Não espero nenhum contato entre companheiros de equipe ou abandonos por causa disso. Mas é bom que eles corram duro”, afirmou Komatsu.
O chefe da equipe lembrou que, em 2023, a Haas teve apenas um pequeno incidente entre Kevin Magnussen e Nico Hülkenberg, no GP da Áustria, mas atribuiu o problema a falhas operacionais da equipe. “Não nos ajudamos naquela situação. Como equipe, não devemos criar essa confusão, mas com um entendimento mútuo entre os pilotos, as regras de engajamento serão perfeitamente claras”, finalizou Komatsu.