Guenther Steiner, o agora ex-chefe da equipe Haas na Fórmula 1 e um dos principais ‘personagens’ da série da Netflix, ‘Drive to Survive’, deixou o time na semana passada. A saída repentina e inesperada levanta dúvidas sobre os motivos do ocorrido. Será que a popularidade de Steiner se tornou demais para o dono da equipe, Gene Haas?
Em entrevista à Sky Sports, Steiner reconhece que sua fama pode ter contribuído para a decisão. “Olhando para trás, pode ser que sim. Mas no final, essa celebridade trouxe muita exposição para o time e atraiu excelentes patrocinadores como a MoneyGram, que gostam desse aspecto. Eles puderam tirar proveito disso. Há sempre o lado positivo e negativo em tudo”, afirmou.
Steiner pondera que, embora a fama possa ter sido um fator, também trouxe benefícios significativos para a Haas. “Talvez houvesse alguns pontos positivos, e alguém trouxe à tona os negativos. São coisas que nem sempre se pode planejar. Eu não estava lá buscando ser uma celebridade. Aconteceu, e todos que me conhecem sabem disso, então estou tranquilo com isso.”
“Não tentei criar nada a partir disso. Não acordo de manhã para ser uma celebridade. Eu acordo para trabalhar. Acho que a fama funcionou muito em favor da equipe, porque sem isso, talvez a Haas já tivesse encerrado suas atividades na F1”, concluiu Steiner, se referindo à parte financeira da equipe americana, que foi ajudada pelo aumento de patrocinadores.
A saída de Steiner deixa a Haas em uma encruzilhada. Por um lado, o time perde o carisma e a exposição garantidos pelo ex-chefe. Por outro, abre-se a chance de uma nova liderança, talvez sem o ‘peso da celebridade’, mas capaz de levar a equipe a um novo patamar.
Resta saber se a Haas conseguirá manter o impulso conquistado na era Steiner, ou se a saída do popular chefe de equipe marcará um retrocesso para o time.