F1: Steiner diz não se importar com os comentários ruins sobre a parceria entre Haas e Ferrari

Desde sua entrada na Fórmula 1, no papel de um equipe nova, a Haas teve que lidar com as dificuldades financeiras. Cerca de três anos atrás, sofreu com a saída do patrocinador Rich Energy, após enfrentar problemas com William Storey, dono da empresa de bebidas energéticas. 

Em 2021, a equipe americana contou com o forte patrocínio da Uralkali, empresa russa de fertilizantes com participação majoritária de Dmitry Mazepin, pai do piloto Nikita Mazepin, que passou a integrar à Haas naquele ano. 

Na pré-temporada de 2022, os laços com a Uralkali foram cortados, dado a invasão russa em território ucraniano e a forte ligação entre Dmitry e Vladimir Putin. Com o teto orçamentário em vigor, a Haas pôde “respirar” um pouco na questão financeira, uma vez que possuía o mesmo valor de capital que as outras equipes para investir no desenvolvimento do carro. 

Além disso, a medida fez com que times como Mercedes e Ferrari tivessem que fazer uma redução no quadro de funcionários. Desta forma, a parceria entre Haas e Ferrari no fornecimento de motores passou, também, a ser de membros do time. 

A equipe americana contratou funcionários do time italiano, que exerceram um papel fundamental na construção do carro. Tal parceria acabou gerando certos descontentamentos no paddock. 

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, da Alpine, Otmar Szafnauer, e o ex-chefe da McLaren, Andreas Seidl argumentam que a FIA repensasse suas políticas paras as chamadas “equipes B” do campeonato, isto é, aquelas que possuem uma forte parceria com grandes times, seja no fornecimento de motores, peças ou, no caso da Haas e Ferrari, funcionários. 

Em conversa com o Motorsport-Total, Guenther Steiner afirmou não se importar com as queixas dos rivais. “Nós nos acostumamos com isso. Se você é bom, você é um imitador, se você é ruim, ninguém se importa”, apontou. 

“É como ‘tudo bem, continue dizendo isso, já ouvimos isso antes’. É como se fosse um disco quebrado. Isso não me incomoda. Eu não me importo”, enfatizou o chefe da equipe americana. 

Não é a primeira vez que uma parceria gera conflito no paddock, em 2020, por exemplo, Mercedes e Racing Point (hoje Aston Martin) foram criticadas. O carro dos britânicos chegou a ser apelidado de “Mercedes rosa”, dado sua semelhança ao W10 da equipe alemã.

 

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