Guenther Steiner, ex-chefe da equipe Haas, acredita que Mick Schumacher teria se beneficiado de um mentor durante sua passagem pela Fórmula 1, comparando a falta de orientação do alemão com o sucesso da parceria entre Oscar Piastri e Mark Webber. Schumacher deixou a Haas no final de 2022 após duas temporadas, e com praticamente apenas uma vaga disponível para 2025 (na Sauber/Audi), parece que ele seguirá afastado da categoria, apesar de alguns rumores indicando que ele ainda pode conseguir essa vaga.
Em sua autobiografia, Unfiltered, Steiner afirmou que a ausência de um mentor foi um dos fatores que prejudicaram o desenvolvimento de Schumacher na Fórmula 1. Ele destacou que o relacionamento entre Piastri e Webber tem sido fundamental para o sucesso do jovem australiano em sua segunda temporada na categoria.
“Para mim, Mark é a chave no desenvolvimento de Oscar,” disse Steiner ao RacingNews365. “Oscar acredita em Mark, e Mark já passou por tudo isso. Oscar não comete erros típicos de um novato, não somente na pista, mas de maneira geral. Ele é muito completo para sua idade, e isso não se deve a Mark, porque Oscar, com certeza, é um grande talento, mas Mark o ajudou muito.”
Steiner ainda comentou que Sebastian Vettel poderia ter sido um bom mentor para Schumacher, dado seu histórico e experiência na Fórmula 1 e amizade com Michael Schumacher. “Sebastian, por ter passado por tudo isso, poderia ser um bom mentor para alguém como Mick,” acrescentou.
Contudo, Steiner destaca que a escolha de um mentor não deve ser apressada e precisa ocorrer de forma orgânica, como aconteceu com Piastri e Webber. Ele elogiou a dedicação de Webber, afirmando que o ex-piloto australiano se comprometeu a ajudar seu compatriota a alcançar o sucesso sem qualquer interesse pessoal. “O esforço que Mark coloca nisso é incrível. Ele só quer ver seu compatriota se tornar campeão, sem ego envolvido,” afirmou Steiner.
Para Mick Schumacher, no entanto, Steiner acredita que seria necessário encontrar a pessoa certa para desempenhar esse papel. “É preciso procurar a combinação certa,” concluiu o ex-chefe da Haas.