Guenther Steiner, chefe da equipe Haas, acredita que a próxima temporada da Fórmula 1 promete ser ainda mais movimentada, com as 24 corridas agendadas. No entanto, fazer ajustes para acomodar esse número de GPs nem sempre pode ser possível, segundo ele.
Além das férias da F1 no meio do ano, a categoria terá um longo período sem corridas na próxima temporada, pois após o GP de Singapura, haverá uma pausa de quase um mês. Isso pode parecer mais tempo livre para os membros das equipes, mas Steiner não compartilha dessa visão. “Acho que nada mudou. Há um intervalo maior lá, mas então vamos mais longe na temporada. Não é vantajoso, mas obviamente, por razões diferentes, isso precisava ser feito. Pessoalmente, acho que não faz muita diferença”, afirmou o italiano à imprensa.
Para a próxima temporada, os GPs foram agrupados por continente o máximo possível. Isso vai diminuir a necessidade de voos cruzando o mundo. “Isso ajuda, mas ainda serão 24 corridas. Não se trata apenas de viagens. Viajar é uma coisa, mas a intensidade de um fim de semana de corrida ainda é alta. Acredito que agrupá-las regionalmente, ou como você queira chamar, é melhor também para a sustentabilidade. Acredito que também há uma grande motivação para isso. Estamos cientes de que não estamos nos movendo para frente e para trás o tempo todo. Existem algumas corridas que não podemos evitar fazer isso devido aos contratos de longa duração atualmente em vigor, então vai levar algum tempo para regionalizar completamente. Mas acredito que a FOM e Stefano (Domenicali, CEO da F1) estão trabalhando para tornar ainda melhor do que é agora”, disse Steiner.
Com várias corridas seguidas na mesma região, é mais fácil mover o equipamento de um lugar para outro. No entanto, permanecer por um período mais longo em uma região, como a Ásia, significa que o pessoal das equipes ficará longe de casa por mais tempo. Algumas equipes optam por trabalhar com dois grupos de funcionários, assim quando um grupo descansa em casa, o outro pode trabalhar. Com o tempo, a equipe se alterna para distribuir a carga de trabalho.
“Algumas pessoas gostam de fazer um rodízio, como o departamento de TI, pois eles têm mais chances de retornar. Mas mecânicos e engenheiros é mais difícil de fazer um rodízio. Temos alguns engenheiros rotativos, engenheiros de desempenho, coisas assim, mas o engenheiro de corrida, ter que fazer um rodízio é difícil para o piloto, porque ele tem que se adaptar. Muitos mecânicos gostam de fazer todas as corridas, porque gostam de estar com a equipe, com o carro. Então, às vezes, se alguém tem algo acontecendo em casa, um casamento por exemplo, temos a capacidade de trocá-los, mas não é como um cronograma planejado que temos duas equipes de corrida, como eu disse antes. Precisaremos ter, se tivermos mais de 24 corridas”, concluiu Steiner.