F1- Susie Wolff sobre mulheres na categoria: “Infelizmente teremos que esperar mais alguns anos”

Mulheres e F1 é um assunto que constantemente tem sido debatido, com a figura feminina passando de um objeto para um sujeito atuante no esporte. 

A trajetória de maior sucesso de uma piloto na categoria é de Lella Lombardi, única mulher a pontuar na F1, com a sexta colocação no GP da Espanha de 1975. De lá pra cá, o nome mais famoso no meio é de Susie Wolff. 

A inglesa foi a última mulher a estar à frente de um F1, com o W37 da Williams em 2015, durante o TL1 do GP da Inglaterra. Em bate papo no podcast Performance People, Susie expôs seus pensamentos sobre as chances das mulheres na disputa da categoria.  

“Acho que se trata de ter um talento cedo o suficiente e nutri-lo, porque é muito competitivo. Você tem que ser o melhor dos melhores. A Fórmula 1 é o auge do esporte, então você precisa estar no mesmo nível. Isso significa colocar uma jovem no nível do kart, nutri-la e guiá-la até o topo, para que ela esteja pronta para competir na Fórmula 1”, declarou Wolff. 

Em 2019, surgiu a W Series, campeonato de fórmula exclusivo para mulheres. Neste ano, a competição teve que encerrar mais cedo por conta da falta de investimento. A iniciativa é um avanço para o meio, mas Susie explicou que também é necessário fazer mais. 

“Acho que a W Series é ótima porque cria oportunidades, faz as meninas correrem, mas temos que ser realistas de que, para chegar à Fórmula 1, você precisa correr contra homens.”

“Então, segregar o esporte talvez seja bom para criar oportunidades, mas não será a solução duradoura”, pontuou. 

A inglesa revelou que dentro do Programa Mercedes Junior há uma jovem piloto que, com a orientação certa, pode chegar na principal categoria do esporte a motor.

“Temos uma jovem no Programa Mercedes Junior, ela tem apenas 11 anos. Ela está competindo na frente no kart europeu. Gostaria de pensar que se ela continuar em seu caminho e tiver o apoio certo ao seu redor, ela terá uma boa chance.”

“Haverá muito mais por aí e trata-se apenas de aumentar a seleção de talentos, fazer com que mais jovens compitam. Acho que agora, 1,5% dos titulares de licenças globais são mulheres, esse é um número tão pequeno.”

“Infelizmente, acho que para ver uma mulher no grid, teremos que esperar mais alguns anos, mas acho que é algo fantástico para o esporte”, finalizou Susie.

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