F1: Symonds fala da experiência em trabalhar ao lado de Senna, Schumacher e Alonso

Pat Symonds, hoje ocupa o cargo de diretor técnico da Fórmula 1, mas antigamente o engenheiro trabalhou ao lado de grandes nomes como Ayrton Senna, Michael Schumacher e Fernando Alonso.

Na Toleman, nos anos de 1980, Symonds se tornou um dos principais engenheiros da equipe quando Ayrton Senna estreou pelo time. Na década de 1990, o britânico foi o engenheiro de pista de Michael Schumacher nas campanhas vitoriosas de 1994 e 1995, com a equipe passando a se chamar Benetton.  

A parceria com Fernando Alonso foi nas conquistas dos campeonatos de 2005 e 2006, com o time sendo repaginado pela Renault.  

Em conversa com o Autosport, Pat foi questionado sobre as semelhanças dos três campeões. “É uma pergunta interessante. Trabalhei com Ayrton, Michael e Fernando. O interessante é que, mais ou menos, trabalhei com cada um deles com uma década de diferença. Então, Ayrton nos anos 1980, Michael nos anos 1990, Fernando nos anos 2000”, respondeu. 

“O que você precisa lembrar é que o que você esperava de um piloto era muito diferente nessas três décadas. Uma década em qualquer negócio é muito tempo, mas, no automobilismo, é como um século. As coisas mudam muito, muito rapidamente”, comentou. 

“Então, com Ayrton, trabalhando com ele na Tolman, foi antes de termos realmente qualquer aquisição de dados, estávamos apenas construindo nossos primeiros dispositivos de aquisição de dados.”

“Portanto, estávamos confiando muito no piloto para saber se tínhamos colocado a marcha mais alta correta, qual era temperatura da água e de óleo, se os radiadores foram desligados corretamente, coisas do tipo”, explicou. 

“Com Fernando, sabíamos muito mais sobre o que estava acontecendo com o carro do que ele em termos desse tipo de detalhe. Então, o que você realmente espera do piloto é que ele possa interpretar a dinâmica do carro e estabelecer seu estilo de pilotagem.”

“O Michael, por exemplo, gostava de um carro muito instável. O que pode tornar o carro muito rápido, mas você precisa ser um piloto muito bom para guiar assim. Costumávamos configurar o carro dele de maneira bastante instável, e seus companheiros de equipe muitas vezes lutavam com isso, por causa do jeito que era único dele”, destacou. 

Sobre avaliar quem era o mais veloz, Symonds concluiu: “Portanto, tentar avaliar um piloto, quem é rápido e porquê ele é rápido, é realmente difícil, quando você olha para essa época.”