Otmar Szafnauer, ex-chefe de equipe na Fórmula 1, destacou a complexidade de se tornar competitivo na categoria, um aviso direto à General Motors, que irá ingressar na F1 em 2026 com sua marca Cadillac e em parceria com a Andretti.
Em entrevista ao ‘Business of Winning’, Szafnauer afirmou que subestimou o nível de dificuldade da Fórmula 1 quando começou na categoria, uma armadilha que, segundo ele, pode surpreender a GM. “Minha preocupação, se eu fosse um executivo da General Motors, seria subestimar a tarefa de ser competitivo na Fórmula 1. Parece que pessoas ou organizações que nunca estiveram envolvidas não percebem o quão difícil é”, afirmou.
Szafnauer iniciou sua trajetória na Fórmula 1 em 1999, trabalhando com a equipe British American Racing (BAR). Ele relembrou como foi convencido pelas previsões otimistas do projetista Adrian Reynard, que acreditava em uma vitória logo no ano de estreia. “Eu acreditei porque o nível de habilidade que eu via era muito superior ao que eu tinha experienciado antes”, acrescentou o ex-chefe de equipe da Aston Martin e da Alpine.
O otimismo, no entanto, não se traduziu em resultados na pista. “Adrian havia vencido em todas as outras categorias menores, incluindo a IndyCar, em sua primeira corrida. Então, pensei que ele sabia do que estava falando. Achava que iríamos conseguir. Você sabe quantos pontos marcamos naquele primeiro ano? Zero,” relembrou Szafnauer.
A entrada da General Motors reflete o crescente interesse de grandes fabricantes na Fórmula 1, especialmente com a introdução de novos regulamentos técnicos em 2026. No entanto, o alerta de Szafnauer é claro: a experiência e o sucesso em outras categorias não garantem resultados imediatos na principal categoria do automobilismo mundial.
Com desafios que vão desde o desenvolvimento do carro até a gestão operacional e financeira de uma equipe, Szafnauer destacou que o sucesso na Fórmula 1 exige paciência, planejamento meticuloso e uma compreensão clara do ambiente competitivo.