F1: “Tinha ciúmes”, Alain Prost comenta rivalidade e admiração por Ayrton Senna

O tetracampeão mundial de Fórmula 1 Alain Prost falou sobre sua complexa relação com Ayrton Senna, uma das rivalidades mais icônicas da história do automobilismo, em uma entrevista exclusiva promovida por uma das patrocinadoras do evento. A ação celebra o impacto duradouro de Senna na união dos brasileiros e destaca o poder do esporte em transcender fronteiras. Prost, que compartilhou intensos momentos dentro e fora das pistas com o brasileiro, relembrou os três momentos distintos que definiram sua relação com Senna e o ciúme que sentia ao testemunhar a devoção de um país inteiro pelo ídolo. Prost confessou que sentia ciúmes de Senna ao ver o Brasil inteiro apoiando o tricampeão.

Três fases de uma rivalidade histórica
Prost destacou que sua relação com Senna passou por três fases marcantes, cada uma definindo a dinâmica de respeito e competitividade entre os dois. Ao recordar o início, ele descreveu como a convivência foi amigável e de admiração mútua quando Senna entrou na F1. “Nosso relacionamento era muito, muito bom no começo, quando ele entrou na Fórmula 1,” comentou Prost, destacando que a rivalidade não havia ainda se intensificado e ambos mantinham uma convivência pacífica e produtiva nas pistas.

Entretanto, em 1988, os dois tornaram-se companheiros na McLaren, e o desejo insaciável de vencer de ambos transformou o clima amigável em uma competitividade acirrada. Esse ano foi marcado por tensões e divergências, e culminou, em 1989, com um desentendimento sério entre eles que os afastou. “Em 1989, tivemos uma discussão, um mal-entendido, e não nos falamos por alguns anos,” lembrou o francês, revelando o peso que esses anos de rivalidade trouxeram para o relacionamento pessoal entre eles.

Reconciliação e respeito mútuo
Após a aposentadoria de Prost em 1993, os dois pilotos finalmente se reaproximaram, e foi nesse período que Prost teve a oportunidade de entender Senna em um nível pessoal. Os meses que se seguiram à aposentadoria do francês abriram espaço para diálogos profundos e uma relação de compreensão mútua, onde Prost conseguiu enxergar as motivações de Senna e o peso que o brasileiro dava à sua rivalidade. “A maioria das conversas que tivemos… me ajudaram a entendê-lo, sua personalidade e seu desejo de me vencer,” compartilhou Prost. Ele explicou que, ao longo dessas conversas, pôde perceber a complexidade e a intensidade da paixão de Senna, algo que ele já havia sentido em pista, mas nunca compreendido completamente fora dela.

Ciúme e admiração pela relação de Senna com o Brasil
Prost também confessou o sentimento de ciúme que sentia ao ver o Brasil inteiro apoiando Senna, descrevendo a devoção dos fãs brasileiros ao ídolo como algo único. “Toda vez que ia ao Brasil, eu sentia ciúme porque ele tinha o país inteiro com ele,” admitiu Prost. O carinho incondicional e a adoração que os brasileiros tinham (e ainda têm) por Senna é uma das marcas mais impressionantes da carreira do piloto, algo que transcendeu a rivalidade e que Prost reconhece como um aspecto fundamental do legado de Senna.



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