F1: Tost diz que futuro da categoria na Alemanha depende de Schumacher

O chefe da AlphaTauri, Franz Tost, acredita que o futuro da Fórmula 1 na Alemanha depende de Mick Schumacher.

Em nenhum lugar mais do que na Alemanha, o nome Schumacher é sinônimo de Fórmula 1. O pai de Mick, Michael, passou de herói local a superastro internacional e um dos melhores de todos os tempos, e mesmo que seu filho até agora não tenha conseguido igualar esses feitos, ainda há um grande interesse em sua carreira.

Ainda não se sabe como esse interesse será em 2023, com Schumacher tendo perdido a vaga de piloto titular na Haas e passando para piloto reserva na Mercedes em 2023.

O último vencedor alemão de um GP na F1, Sebastian Vettel, se aposentou no final da temporada 2022, deixando assim, Nico Hülkenberg como o único representante na F1, de um país que já teve 179 vitórias com seus pilotos no passado.

Pode ser que o público alemão perca o interesse em assistir ao esporte, com a Sky Germany supostamente tendo dificuldades para encontrar um novo canal de TV aberto, depois que a RTL se recusou a renovar seu contrato.

Apesar de ser austríaco, Tost passou bastante tempo na Alemanha, incluindo uma passagem pela BMW no início dos anos 2000, e acredita que o ‘mal-estar esportivo’ não se restringe apenas à Fórmula 1.

Falando à Auto Bild, Tost afirmou: “A Alemanha está mal-acostumada. Você pode sentir isso até no futebol. Estou convencido de que a falta de interesse na última Copa do Mundo, também tem a ver com os maus resultados da seleção.”

“Se tivessem chegado à final, metade da Alemanha também teria acompanhado os jogos no Catar. Uma coisa é certa, as pessoas precisam de heróis, e precisam deles feitos de carne e osso, não de metal.”

Voltando à Fórmula 1, Tost disse acreditar que a presença de Hülkenberg por si só não foi suficiente para sustentar o interesse do país na categoria, e disse acreditar que o futuro da F1 na Alemanha está nos ombros de Schumacher.

“A carreira de Mick determina o interesse na Alemanha”, disse o chefe da AlphaTauri. “Nico Hülkenberg não pode fazer isso sozinho. Eles (o público alemão), queriam ver Michael Schumacher vencer naquela época e não o motor ou o carro da Mercedes. Apenas os heróis disparam um boom. Como Michael Schumacher mostrou.”

“O segundo exemplo é Boris Becker. Antes dele, o interesse pelo tênis era mais reservado aos cidadãos abastados. Isso mudou abruptamente com o sucesso de Boris e Steffi Graf. De repente, todas as crianças queriam jogar tênis.”

“Mick poderia ter se tornado o novo herói, mas infelizmente está fora da Fórmula 1 por enquanto. Que pena”, concluiu Tost.

 

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