Após dois anos de domínio absoluto na Fórmula 1, a Red Bull viu sua vantagem se dissolver em 2024. Pierre Waché, diretor técnico da equipe austríaca, explicou que o avanço de rivais como McLaren e Mercedes foi impulsionado por soluções aerodinâmicas inovadoras, que impactaram diretamente no desempenho dos carros.
Max Verstappen conquistou mais um título mundial, mas a trajetória não foi tão tranquila quanto em temporadas anteriores. Outras equipes aprimoraram seus projetos, incluindo a introdução de uma asa dianteira flexível pela McLaren, posteriormente removida pela FIA, além de outras inovações aerodinâmicas que mudaram o cenário da competição.
Waché explicou que a nova abordagem das equipes rivais trouxe benefícios inesperados. “As outras equipes introduziram essa deflexão na asa dianteira para equilibrar o carro e, nesse aspecto, agora estão à nossa frente”, disse ele em entrevista ao The Race.
O conceito dessas asas permitiu que carros com suspensões mais rígidas alcançassem um equilíbrio aerodinâmico mais eficiente. “Para obter um equilíbrio aerodinâmico diferente em função da velocidade, você precisa de algum movimento da suspensão, e quanto mais macia ela for, melhor. Isso é bom para o equilíbrio, mas talvez não para a pressão aerodinâmica”, explicou. “A asa dianteira deles permitiu que ainda equilibrassem um carro com uma suspensão muito mais rígida.”
De acordo com Waché, a Red Bull utilizava outros métodos para reequilibrar o carro, mas os avanços das rivais se mostraram mais eficientes. “Nós tínhamos outro aspecto do carro que nos permitia reequilibrá-lo. Tiramos proveito disso por dois anos”.
Com os rivais cada vez mais competitivos, a Red Bull Racing agora enfrenta o desafio de recuperar sua vantagem para a temporada de 2025.