F1: “Vantagem artificial para motor Renault pode arruinar a categoria”, afirmou Wolff

Permitir que a Renault desfrute de regras especiais para aumentar a potência do motor pode ‘arruinar a Fórmula 1‘. Essa é a opinião do chefe da Mercedes, Toto Wolff, depois que a Comissão da F1 rejeitou na última sexta-feira a proposta da Alpine, de que a equipe francesa pudesse correr com taxas de fluxo de combustível mais altas do que o permitido, para reduzir a diferença de potência de seu motor para as demais equipes do grid.

Relatos apontam que a Renault está com uma desvantagem de até 30 cavalos de potência em relação a Mercedes, Honda e Ferrari, com verificações independentes da FIA aparentemente confirmando que o déficit é de pelo menos 22 cavalos de potência.

Mas com oposição das equipes e fabricantes de motores, a Comissão da Fórmula 1 rejeitou o pedido da Renault para uma taxa de fluxo de combustível especial para reduzir a diferença. Isso apesar do fato de que a FIA reconhece que há uma notável diferença de desempenho entre o motor da Alpine e os outros.

A Comissão da Fórmula 1, portanto, encaminhou a questão ao Comitê Consultivo da Unidade de Potência para discutir maneiras de corrigir essa discrepância.

Wolff afirmou que medidas artificiais ou manipulativas, como essa proposta de fluxo de combustível, nunca devem ser permitidas. Ele disse ao Sport1 que isso seria um desastre que poderia arruinar a Fórmula 1.

O entretenimento segue o esporte, disse o austríaco. A razão pela qual a categoria tem tanta credibilidade, é que você precisa trabalhar duro para ser bem-sucedido. No entanto, ele reconhece que a F1 ainda pode fazer alguns esforços para ajudar a Renault a reduzir a diferença.

“Uma vez que tenhamos uma compreensão comum do que está faltando em termos de desempenho, podemos discutir quantas horas de teste e ‘jokers’ adicionais podem ser concedidos”, disse o chefe da equipe Mercedes. “Isso é algo que precisamos discutir. Mas mexer em qualquer tipo de área, como o fluxo de combustível ou ‘equilíbrio de desempenho’, é um desastre e uma declaração de falência para a Fórmula 1. Isso nem deveria ser discutido”, encerrou Wolff.



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